Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 962

“Eu... você... vocês... isso...”

Talvez fosse a pressão imposta por Rafael que o deixava completamente sem ideias. O pai de Saulo começou a falar de forma desconexa, apontando ora para Rafael, ora para Bruno, sem conseguir expressar uma frase completa.

Venância, a ex-namorada de Rodrigo que estava ao lado, não suportou ver aquilo e, indignada, avançou para acusar: “Nós somos as vítimas, por que estão nos ameaçando? Se têm alguém a procurar, deveriam ir atrás de Rodrigo...”

“É por isso que estou dando a vocês a oportunidade de buscar justiça agora,” interrompeu Rafael.

Venância: “...”

A mãe de Saulo então começou a fazer um escândalo: “Tem alguém aí? Socorro! Estão silenciando os familiares da vítima aqui.”

Rafael lançou um olhar indiferente para o seu relógio de pulso: “Restam um minuto e oito segundos.”

“Deixe-me lembrá-los,” disse Rafael, olhando para os três, “o tempo para assinar está dentro dos cinco minutos.”

A mãe de Saulo, sem palavras, olhou ansiosamente para o pai de Saulo.

O pai de Saulo também estava perplexo, olhando ansiosamente para a mãe de Saulo e depois para Venância.

Venância e Saulo nem sequer eram casados, e como a situação havia surgido por causa dela, ela se sentia ainda menos no direito de decidir.

“Restam trinta segundos!”

O lembrete calmo soou novamente.

O pai e a mãe de Saulo, juntamente com Venância, ficaram ainda mais ansiosos, lançando olhares suplicantes para Amélia, que estava calmamente ao lado de Rafael.

Amélia apenas respondeu com um sorriso educado, sem oferecer ajuda.

“Vinte segundos!”

A voz grave, quase robótica, ressoou mais uma vez.

Rafael notou sua respiração pesada e virou-se para olhá-la.

“Está tudo bem?” ele perguntou.

Amélia acenou levemente com a cabeça, sentindo-se um pouco envergonhada.

Ela deveria estar do lado que impunha a pressão, mas acabou sendo pressionada também.

Havia um leve sorriso nos olhos escuros de Rafael.

Ele não disse nada, apenas estendeu a mão e, de forma reconfortante, afagou a cabeça dela, antes de olhar para Bruno.

Bruno era o mais calmo de todos.

Acompanhando Rafael há muitos anos, ele já havia enfrentado todo tipo de situação. Essa pressão extrema era insignificante para ele, então, ele agiu com tranquilidade, abaixando-se para pegar a caneta que o pai de Saulo deixou cair, pegou também a tampa que ainda estava na mão da mãe de Saulo, montou a caneta sem pressa e, então, retirou o contrato amassado das mãos do pai de Saulo, virando-se para entregá-lo a Rafael.