Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 993

"Vá para casa e descanse bem."

Ao despedir-se na entrada do prédio, Manuel disse com voz suave, "Se sentir qualquer desconforto, vá ao hospital, não tente aguentar sozinho."

"Sim."

Lídia também se manifestou com gentileza, "Se a ferida doer, fale. Não precisa suportar tudo sozinho."

"Sim, e quanto aos criminosos, não se preocupe, a polícia vai cuidar de tudo." André também entrou na conversa.

Lucas olhou para Amélia com preocupação, "Primeiro, cuide dos seus ferimentos quando chegar em casa, não se preocupe com o trabalho. Vou falar com Álvaro para te dar alguns dias de folga."

"Não é necessário." Amélia agradeceu baixinho, "Eu vou pedir licença ao Sr. Leite."

Ela nunca havia enfrentado tanta preocupação que parecia vir de familiares, o estranhamento mútuo e os eventos passados a deixavam extremamente desconfortável diante dessas demonstrações de carinho.

Ela sabia que a preocupação deles era genuína, sem nenhum traço de falsidade.

Eles também haviam feito a longa viagem até a cidadezinha do aeroporto para encontrá-la, e ficaram com ela durante toda a noite, mesmo que por iniciativa própria.

Mas diante dessa bondade que lhe era oferecida, mesmo vindo de estranhos, ela não conseguia ser completamente indiferente, nem aceitá-la tranquilamente.

Rafael entendia o desconforto de Amélia, segurou sua mão e disse a Manuel, André, Lídia e aos outros, "Eu vou cuidar bem dela, podem ficar tranquilos. Já está tarde, melhor vocês irem descansar."

Depois, olhou para Lucas, "Você leva seu avô e seus pais para descansarem agora. É importante que os mais velhos não fiquem acordados até tarde."

Lucas olhou para ele, sem rebater pela primeira vez, apenas acenou com a cabeça e depois se despediu de Manuel, André e Lídia, pedindo que fossem para casa.

Manuel e Lídia pareciam relutantes em ir, mas não ousavam sugerir que ficassem mais um pouco, principalmente porque já era muito tarde. Mesmo que eles pudessem abrir mão do descanso, Amélia, depois de uma noite tão tumultuada, precisava repousar. Assim, eles acenaram com a cabeça, demonstrando preocupação, e após mais algumas recomendações a Amélia, a família finalmente se foi.

Ao ver o carro deles partindo, Amélia finalmente suspirou aliviada.

Rafael não disse nada, apenas passou a mão carinhosamente pela cabeça dela.

"Vamos para casa." Ele disse com uma voz suave.

"Eu já pedi para Ana colocar Laura para dormir, não se preocupe." Rafael disse.

"Sim." Amélia ainda respondia com acenos, esboçando um sorriso para ele.

Rafael sorriu de volta e acariciou sua cabeça com carinho antes de ir preparar a água quente para o banho.

Amélia acompanhou-o até o banheiro, observando Rafael preparar cuidadosamente a banheira e os itens de higiene. Lembrando-se dos momentos de medo no carro e dos remorsos e desculpas que tinha para com Rafael, ela mordeu o lábio e, então, aproximou-se dele por trás, abraçando-o gentilmente.

Rafael parou o que estava fazendo, fechou a torneira, mas não se virou, permitindo que ela o abraçasse.

"O que foi?"

Ele perguntou em voz baixa.

Amélia balançou a cabeça levemente, abraçando-o mais forte e encostando o rosto em suas costas largas.

"Quando fui sequestrada hoje, muitas coisas passaram pela minha cabeça." Amélia o abraçou apertado e começou a falar baixinho, "Minha mente estava cheia de pensamentos sobre você e a Laura, eu não conseguia parar de pensar, se algo acontecesse comigo, o que você e a Laura fariam?"