Ex-marido se torna valioso por causa dos meus gêmeos romance Capítulo 112

No caminho para o sanatório, Elisa mordia o lábio inferior, ansiosa, com os dedos entrelaçados, sentindo uma inquietação que a consumia de dentro para fora.

Ela tinha errado.

Não deveria ter ido ao cartório.

Deveria ter ido direto ao sanatório assim que acordasse.

Não, ela nem deveria ter voltado para casa na noite anterior, deveria ter ficado no sanatório com a avó.

Sabendo que a sua avó seria submetida a uma cirurgia hoje, como pôde simplesmente ir embora depois de ser rejeitada? Como pôde ser tão tola?

Elisa estava repleta de auto-reprovação, recostando-se e fechando os olhos.

Na sua memória, imagens turvas, mas claras, se apresentavam em desordem.

O carro estava rápido, mas ainda assim obedecendo às regras de trânsito, parando num semáforo. Danilo Lacerda mantinha as sobrancelhas franzidas.

Ao parar, Danilo percebeu algo incomum em Elisa e virou-se para olhá-la.

Foi aí que notou um leve tom de vermelho em seus lábios.

"O que se passou?" perguntou Danilo, com o cenho franzido.

Sem resposta.

Elisa estava com a testa franzida, pálida, os cílios a tremer levemente, os lábios firmemente fechados, como se não tivesse ouvido a sua pergunta.

Danilo mudou sua expressão e estendeu a mão para segurar seu queixo, tentando afastar os seus lábios.

Mas após tentar duas vezes sem sucesso, pois ela mordia os lábios com força, um traço de sangue apareceu durante sua luta.

"Elisa, o que você está a fazer? Solte a boca," Danilo tentou usar a força, mas temia magoá-la, procurando trazê-la de volta com palavras.

Dizendo coisas como o seu período veio esse mês com um fluxo intenso e que estava a sentir algumas dores, querendo um abraço da avó.

E falando que tinha manchado acidentalmente o seu vestido branco favorito, que infelizmente não pôde ser limpo, expressando quanto estava triste.

Ela falava com Vovó Lacerda sem se preocupar com quem mais pudesse ouvir.

O jovem Danilo Lacerda, pretendendo se aproximar, ao ouvir essas palavras, parou no meio do caminho, e quanto mais ouvia, mais as suas orelhas ardiam de vergonha.

Como ele poderia se aproximar depois disso?

Recobrando seus pensamentos, Danilo olhou para Elisa à sua frente, quase sem precisar de adivinhar para saber o quão especial era o sentimento dela pela avó.

Ela provavelmente depositava todos os seus sentimentos maternos na figura feminina da avó.

Danilo se acalmou, tocando levemente na bochecha pálida de Elisa com a ponta dos dedos: "Acorda, Elisa, a vovó vai ficar bem."