Ex-marido se torna valioso por causa dos meus gêmeos romance Capítulo 525

Danilo estava de pé à distância, observando silenciosamente Elisa que, apoiada junto ao túmulo, conversava baixinho com a avó.

Ele não conseguia ouvir o que ela dizia, mas podia sentir a tristeza densa e o desespero emanando dela.

Era um estado tão profundo quanto o que ele próprio havia experimentado ao saber da partida da avó.

Não, talvez até mais intenso.

Danilo lembrou-se de quando, cinco anos atrás, sua avó havia sido submetida a uma cirurgia e se perdeu em suas fantasias, mostrando o quanto ela significava para Elisa.

Com isso em mente, seus olhos escuros se estreitaram, começando a se preocupar com o estado dela após a visita ao túmulo.

Depois de algum tempo, o tempo começou a piorar, e trovoadas ecoaram no céu.

Giovani olhou para cima, percebendo que o tempo parecia ainda mais ameaçador.

Então, franzindo a testa, ele advertiu: “Sr. Lacerda, parece que vai chover de novo. Devemos ir buscar a Srta. Salazar?”

Danilo permaneceu parado, e após um momento, disse: “Vá buscar dois guarda-chuvas.”

Giovani hesitou, mas sem dizer mais nada, virou-se para pegar os guarda-chuvas com o porteiro.

Minutos depois, Giovani voltou correndo com dois grandes guarda-chuvas pretos.

“Sr. Lacerda, aqui estão.”

“Leve até ela.”

Após dizer isso, ele pareceu pensar melhor e estendeu a mão.

“Deixe, eu levo.”

Pegou um dos guarda-chuvas e caminhou em direção a ela.

Elisa já não falava, apenas sentava-se em silêncio.

Parecia ter abandonado toda a preocupação com sua aparência, indiferente se o chão estava molhado ou não, sentando-se ali, com seu sobretudo claro manchado de lama.

Danilo franzia levemente a testa, aproximou-se e parou diante dela com o guarda-chuva.

“Vai chover.”

Ele avisou, mas Elisa, ao ouvi-lo, não teve reação, continuando a sentar-se ali, sem expressão.

Danilo franzia a testa, “Elisa.”

“De que adianta ficar triste agora? A pessoa já se foi, não voltará chorando.”

As palavras de Danilo foram duras e diretas, como uma faca perfurando o coração de Elisa.

Ela levantou a cabeça para olhá-lo.

Embora soubesse que não deveria, naquele momento, ela não pôde evitar sentir ressentimento contra ele.

“É você, a culpa é toda sua.”

Danilo, ao vê-la subitamente virar a raiva contra ele, questionou: “Como assim?”

Elisa, contudo, mordeu o lábio inferior, recusando-se a falar, apenas o encarando com raiva.

Vendo-a furiosa mas silenciosa, Danilo estreitou os olhos: “Fale.”

Por que ela o culpava?

Será que ela estava escondendo algo dele?

Elisa, porém, soltou uma risada sarcástica: “Dizer o quê? Entre nós, o que ainda há para ser dito? Danilo, se não fosse por você, eu jamais teria deixado minha avó, e não teria perdido a chance de vê-la uma última vez.”