— Grupo Pereira? — Repetiu Beatriz, surpresa. — Eles não são focados em produtos tradicionais? Por que iriam querer entrar na área de games?
— Vai saber... — Respondeu Murilo, dando de ombros. — Devem querer colocar o pé no setor.
— Empresas grandes como aquela, ainda mais sendo familiares, quando decidem entrar em um novo mercado, basta comprar uma empresa pequena e pronto. Dinheiro não é problema. — Comentou outro líder do grupo.
Era apenas um comentário casual sobre estratégias de grandes corporações... Mas Beatriz levou aquilo a sério.
Na sexta-feira anterior, Gabriel havia ameaçado Daniel durante a briga. Disse que compraria a empresa dele.
E agora, justamente agora, o Grupo Pereira tirava da Aurora um contrato que acabara de ser fechado com a Triunfo. Uma empresa que, até então, jamais havia se envolvido com tecnologia ou jogos digitais?
Aquilo não podia ser coincidência.
Tudo indicava uma única coisa: isso estava relacionado a ela.
Beatriz fechou os punhos com força. E se tudo isso estivesse mesmo acontecendo por sua causa? E se, por causa dela, a Aurora Tecnologia acabasse se tornando alvo? Se a empresa de Daniel fosse levada à ruína?
— Beatriz? — chamou Murilo, batendo com os dedos na mesa. — Tá voando por quê? A reunião já terminou.
Ela despertou dos pensamentos e rapidamente pegou o notebook, levantando-se da cadeira.
— A reunião geral da tarde começa às 13h30. Reservei 15 minutos pra você. Já está preparada, né? — Perguntou ele.
— Sim, está tudo pronto. — Respondeu Beatriz, com um leve aceno.
— Olha, é claro que a gente não pode viver tentando se justificar o tempo todo... Mas às vezes, é preciso se impor. Mostrar quem você é. Principalmente no ambiente de trabalho. — Disse Murilo, com seriedade.
Beatriz concordou com a cabeça. Agradeceu mentalmente por aquele conselho direto.
No fundo, até se arrependeu de não ter aceitado o cargo de líder desde o início. Faltou confiança.
Se tivesse começado já no topo, talvez ninguém tivesse tentado pisar nela de forma tão descarada.
Esse pensamento reacendeu algo dentro dela: a vontade real de conquistar, de fato, a posição de líder oficial. O mundo corporativo era cruel. Não havia espaço para quem só queria levar uma vida tranquila.
Daniel enviou outra mensagem, dizendo que pretendia demitir a funcionária discretamente.
Beatriz entendeu a intenção. Ele queria protegê-la, impedir que a injustiça se perpetuasse. Mas, ainda assim, respondeu:
[Obrigada por ter investigado isso por mim. Ela tem uma gravação e, de fato, meu currículo tem uma omissão. Demitir alguém assim, de forma direta, vai contra as normas da empresa.]
Diante da resposta, Daniel desistiu da abordagem inicial. Já sabia que, se fosse tomar uma atitude, teria que ser nos bastidores, com o máximo de sigilo. A demissão teria aparência voluntária, e a funcionária ainda assinaria um acordo de confidencialidade. Ninguém poderia comentar o real motivo, nem mesmo no cafezinho do escritório.
Ele, então, perguntou a Beatriz qual seria o plano dela.
Ela explicou sua abordagem. Daniel entendeu na hora.
Mas, ainda assim, não resistiu e mandou outra pergunta:
[Você vai assumir publicamente que foi esposa do Gabriel?]
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...
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