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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle por Hinovel
Gabriel saiu apressado, carregando Vitória nos braços.
Ao passar pela porta, esbarrou no ombro de Beatriz.
O impacto a desequilibrou. Ela cambaleou, precisando se apoiar no batente da porta.
A dor intensa que subia do dorso do pé pela perna fez com que ela apertasse o batente com força, lutando para se manter de pé.
Dentro do salão, todos os olhares recaíram sobre ela.
Olhares carregados de desprezo, sarcasmo, deboche.
Mas Beatriz… Já não se importava mais.
Com esforço, virou-se devagar, apoiando-se na parede fria, e seguiu seu caminho, passo a passo, sentindo a dor latejante a cada movimento.
Quando chegou ao pronto-socorro, uma enfermeira veio rapidamente ao seu encontro, visivelmente preocupada.
Assim que viu o estado do pé de Beatriz, prendeu a respiração, assustada:
— Meu Deus! Como você se queimou desse jeito?! — Exclamou, chocada.
As bolhas eram enormes, inflamadas.
A maior parecia quase do tamanho de um pão francês, e outras menores se espalhavam feito pequenas pérolas brilhantes sobre a pele avermelhada, em um contraste doloroso e cruel.
Beatriz mantinha os dentes cerrados desde o momento em que saiu do hotel.
A dor era lancinante. Agora, seu rosto estava rígido, travado pela tensão.
Não conseguiu nem responder.
A enfermeira começou a aplicar a pomada com delicadeza, enquanto suspirava, indignada:
— Você acredita que, há pouco, veio aqui outra moça com uma queimadura? O namorado dela trouxe ela nos braços, desesperado, exigindo que o chefe da equipe médica a atendesse na hora… E eram só uns pontinhos vermelhos! Se esperasse um pouco, nem precisaria de pomada!
Beatriz sentiu o coração apertar. Um gosto amargo subiu à boca.
Aquela moça dos pontinhos vermelhos só podia ser Vitória.
E o homem desesperado, que a carregava como se fosse o bem mais precioso do mundo, era Gabriel.
Até a enfermeira, que não sabia de nada, já os via como um casal natural.
— Agora… Se aquela moça estivesse no seu estado… Nossa, esse homem teria surtado! — A enfermeira continuou, balançando a cabeça em desaprovação.
No seu estado…
Beatriz abaixou o olhar para os vergões e bolhas brilhantes que marcavam sua pele.
Se fosse Vitória no lugar dela, Gabriel teria chamado os melhores especialistas da cidade, feito alarde, dado entrevistas se fosse preciso.
Mas com ela…
Ele a deixou para trás.
Sem uma palavra de consolo.
Sem sequer um olhar de preocupação.
Nada.
A diferença era gritante.
Cruel.
De repente, o celular vibrou.
A tela se acendeu.
Era Gabriel ligando.
Beatriz olhou para o número na tela, sem expressão.
Ele não estava com Vitória?
Por que estava ligando agora?
Ela não queria saber.
Virou o celular com a tela para baixo, abafando a luz fria da tela.
Nem forças para sentir curiosidade ela tinha mais.
A enfermeira já preparava a agulha para estourar a maior das bolhas.
Era grande demais, o líquido não seria absorvido naturalmente.
Foi nesse momento que Gabriel apareceu na porta do ambulatório.
Assim que viu Beatriz sentada na maca, sua primeira reação foi cobrar:
— Por que não atendeu minha ligação?
Beatriz, surpresa, levantou os olhos por um instante.
Ela não queria discutir, não queria falar, não queria mais nada dele.
Apenas respondeu, com um tom leve e distante:
— Estava no silencioso. Não ouvi.
Gabriel olhou para a mesinha ao lado dela.
O celular estava ali, virado para baixo, abafando o som.
Ele suspirou discretamente, perdendo um pouco do ímpeto de reclamar.
A enfermeira, até então concentrada na queimadura, virou-se para ele, o olhar desconfiado e cortante.
Não era ele o mesmo homem que, minutos antes, havia chegado às pressas carregando outra mulher nos braços?
— Você é o quê dela? — Perguntou, seca.
Gabriel abriu a boca para responder, mas antes que qualquer palavra saísse, a voz de Vitória ecoou do corredor:
— Gabi… A Bia está bem?
Gabriel virou o rosto na direção de Vitória.
As palavras “marido dela” ficaram presas na garganta.
Seus lábios se moveram… Mas nenhum som saiu.
Beatriz percebeu a hesitação, o desconforto gritante nos olhos dele.
Sorriu, amarga, com um toque de ironia em si mesma.
Então, poupando-o daquele constrangimento, respondeu por ele:
— Não temos nada a ver um com o outro.
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