Leia Capítulo 0003 do romance Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle aqui. A série Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle, do gênero romances chineses, foi atualizada para Capítulo 0003. Leia o romance completo em booktrk.com.
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Capítulo 0003
Gabriel hesitou por um segundo, apertou os lábios, olhou para Vitória… Mas, no fim, não disse nada.
Beatriz ouviu o diálogo entre os dois e não conseguiu evitar um sorriso amargo, carregado de ironia.
Ela era a esposa de Gabriel, no papel.
Mas, naquele momento, a sensação era nítida: os verdadeiros marido e mulher eram eles… E ela era apenas a intrusa, a amante inconveniente.
Gabriel caminhava à frente, Vitória ao lado dele, como se fossem um casal perfeito saído de um comercial.
E, mesmo que Beatriz tentasse ignorar toda a falsidade de Vitória, a boazinha não perdia uma chance de manter seu teatrinho:
— Bia, deve estar doendo muito… Me desculpa. Na hora, o Gabi só pensou na minha carreira, por isso me trouxe primeiro ao hospital. Não fica brava com ele, tá? — Disse Vitória, num tom doce e caridoso, olhando para ela como se estivesse pedindo desculpas sinceras.
Beatriz sorriu de canto, amarga, e respondeu com calma:
— Eu não estou brava. Afinal… Na cabeça dele, você sempre vem em primeiro lugar.
Era apenas a verdade.
Mas, para Gabriel, soou como ironia.
Seu rosto ficou sério, e ele a repreendeu:
— Que tom é esse? Mesmo que a Vi tenha deixado cair, você não fechou direito a tampa. Isso é responsabilidade sua.
Beatriz não respondeu.
Sabia que, mesmo se explicasse mil vezes, ele não acreditaria.
Levantou o rosto, encarando-o diretamente, os olhos vazios e indiferentes.
Gabriel baixou o olhar… E encontrou aqueles olhos frios, distantes.
Sentiu algo estranho apertar o peito.
Ela parecia… Diferente.
Não era mais aquela mulher submissa, mansa, que ele costumava desprezar.
Vitória, percebendo o clima pesado, logo interveio:
— Já passou, Gabi… Eu nem me machuquei tanto assim. Não briga mais com a Bia, por favor… — Disse, sorrindo gentilmente. — Além disso, ela também se machucou… Não seja tão duro com ela.
Beatriz sentiu vontade de rir.
Ela, a vítima, transformada em culpada…
E Vitória, como sempre, pousando de alma generosa.
— Da próxima vez, toma mais cuidado. — Disse Gabriel, dirigindo-se a Beatriz.
“Da próxima vez.”
Beatriz soltou um riso frio por entre os lábios.
Não haverá próxima vez.
Quando chegaram à calçada, um grito de dor atrás deles chamou atenção.
Gabriel virou-se na hora e viu Vitória caída no chão, segurando o tornozelo, o rosto contorcido em dor.
— Vi! — Ele exclamou, preocupado.
Sem pensar, soltou Beatriz de forma brusca.
Ela, pega de surpresa, caiu direto no asfalto, soltando um suspiro dolorido.
Mas Gabriel já corria em direção a Vitória, pegando-a nos braços, voltando apressado para o ambulatório.
Deu dois passos… E então olhou para trás.
Beatriz estava lá, tentando se levantar com dificuldade, o corpo trêmulo, incapaz de endireitar as costas da dor.
Gabriel franziu o cenho.
Mas, no mesmo instante, ouviu o choro abafado de Vitória:
— Está doendo… Acho que torci o tornozelo… E depois de amanhã eu tenho um desfile, Gabi… O que eu faço?
— Não se preocupe… Eu vou cuidar de tudo. — Respondeu ele, desviando o olhar e indo embora, sem voltar a cabeça novamente.
Ele se foi.
Beatriz, com grande esforço, conseguiu ficar meio erguida, mas a dor era tão intensa que ela mal conseguia endireitar a coluna.
Nem olhou na direção deles.
Sentiu os olhos arderem, segurando o choro, mas apenas levantou a mão e chamou um táxi.
Ao entrar no carro, baixou o olhar para os próprios pés. Na queda, tinha batido o dedão numa pedra saliente do calçamento. O sangue já escorria devagar.
E não era só isso, a dor no cóccix era aguda, e o cotovelo estava ralado, com uma grande área da pele arrancada.
Com cuidado, ela pegou um lenço de papel e tentou limpar o sangue e a sujeira. Mas, ao toque, a dor atravessou seu corpo e, junto dela, vieram lágrimas pesadas, grossas, rolando uma após a outra.
A dor física se misturava à dor emocional, e ela mordia o lábio com força para não soluçar.
“Falta só um mês…” pensou, “Só mais um mês… E eu estarei livre.”
O celular vibrou novamente.
Uma mensagem do mesmo número desconhecido:
[Desculpa, Bia… O Gabi me trouxe para cuidar do meu pé e acabou te deixando sozinha. Ele ainda vai precisar ficar comigo mais um tempo. Espero que você não se importe, tá?]
Beatriz leu a mensagem… E simplesmente a ignorou.
Eles ficaram separados por dois anos, e Gabriel ainda a amava tanto quanto antes.
Bastava ela aparecer… E ele a escolheria, sempre.
Suspirou.
Abriu outro aplicativo e leu a mensagem enviada no dia anterior por Daniel Dias, seu colega de faculdade, perguntando quando ela voltaria ao país.
Sim…
Ela havia escondido seu casamento, dizendo a ele que estava no exterior.
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