— Eu só queria assustar a Beatriz pra ela se afastar do Gabi, só isso! Eu nunca faria nada ilegal! Eu sou uma boa pessoa! — Disse Vitória, a voz trêmula, forçando um tom inocente.
Eduardo a encarava.
Se ela era uma boa pessoa, então o resto do mundo inteiro era composto só de criminosos.
— Acordo financeiro ou processo judicial. Você escolhe. — Disse ele, seco, jogando a escolha como quem descarta algo sem valor.
Vitória ficou muda.
Falar em processo era impensável naquele momento.
Ela sabia: se fosse pra justiça, com o irmão da Letícia do outro lado, ela perderia. E perderia feio.
Ia sair devendo ainda mais.
Sem contar que, se o caso fosse exposto publicamente, sua carreira de modelo iria pro buraco. Nenhuma marca a contrataria de novo. Só teria a perder.
Depois de pesar as opções, Vitória cerrou os dentes, engoliu o orgulho e disse, com voz contida:
— Não tem como... Diminuir esse valor? Cinco milhões é muito, eu não tenho isso. — A voz dela vacilava. Os olhos começaram a se encher de lágrimas, um verdadeiro show de drama. — Eu sou só uma modelo... Ganho pouco, trabalho feito uma escrava em desfile, sou explorada pelas agências... Sr. Eduardo, por favor, me perdoa... Eu juro que não queria machucar a Srta. Letícia... Foi um erro, me perdoa, por favor...
Mas Eduardo a encarava sem um fiapo de piedade.
Nenhuma sombra de compaixão no olhar.
Tudo nela lhe parecia encenação.
Essa pose de vítima indefesa…
Minutos atrás, ela urrava como uma fera.
E agora queria posar de delicada?
Esse tipo de flor com veneno no perfume, ele reconhecia à distância.
— Eu não sou o Gabriel. Comigo esse teatrinho não funciona. — Disse, a voz dura como aço.
As lágrimas que enchiam os olhos de Vitória pararam no limite da queda, presas pelo choque.
— Mas com o Gabriel talvez funcione. Ele gosta de você, não é? Então, passa a conta pra ele. Quem sabe ele paga. — Completou o Eduardo.
Vitória mordeu o lábio com força.
Uma lágrima escorreu pela bochecha.
Gabriel já tinha deixado claro que não a queria mais.
A tinha colocada pra fora de casa. Nem atendia as ligações.
Estava prestes a desligar quando, do outro lado da linha, uma voz masculina conhecida se fez ouvir:
— Sr. Gabriel, aqui é uma delegacia. Não uma central de estelionato.
Gabriel parou imediatamente.
— Eduardo? — Perguntou, com a voz tensa.
— Acertou. — Respondeu Eduardo, com frieza, usando o celular do policial. — Faça o favor de transferir cinco milhões agora mesmo. Caso contrário, sua amante, quer dizer, sua namorada, vai passar um bom tempo atrás das grades.
O sangue de Gabriel ferveu na hora.
— Que amante? Que namorada? Você tá de brincadeira?! Fica falando essas besteiras de novo e quem vai receber um processo é você! — Gritou, furioso. — Meu advogado vai te enfiar uma indenização que nem você aguenta!
Eduardo soltou um "tsc" impaciente e virou-se para o policial ao lado:
— Como é mesmo o nome daquela mulher?
— Vitória. — Respondeu o agente, direto.
Eduardo voltou ao telefone:
— Ouviu, né? Vitória. Não é sua namorada? Ou devo dizer... Sua ex?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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