— Pode ser que o Sr. Gabriel esteja mesmo fingindo… Mas também pode ser que ele tenha ficado realmente assustado com as palavras duras que o senhor disse ontem à noite. — Respondeu o mordomo. — O Sr. Gabriel tem se esforçado muito pra amadurecer, e também luta com todas as forças pra herdar a empresa. Não vai entregar isso tão fácil pro Sr. Sérgio. E tem ainda o Sr. André, que ele considera o responsável pela morte da mãe dele. Às vezes, o ódio consegue vencer qualquer obstáculo.
Sr. Henrique apertou os lábios, refletindo sobre aquelas palavras.
Era verdade… Ele não podia subestimar o rancor que Gabriel sentia pela família de André.
“Ver o inimigo prosperar e conquistar fama e poder, enquanto ele mesmo ficava sem nada… Gabriel aceitaria isso de bom grado? Difícil acreditar.
Então, qual seria o verdadeiro motivo pra Gabriel estar cooperando assim, de repente?”
— O pior é ele fingir agora… Guardar tudo por dentro… E, mais tarde, acabar explodindo de uma forma ainda mais grave, fora de controle… — Suspirou o velho, com tristeza no olhar.
Podia até falar palavras duras, mas a preocupação era real.
O que mais temia era que Gabriel acabasse adoecendo mentalmente de vez. E, quando chegasse a esse ponto, talvez não houvesse mais volta…
— Quero que esse psicólogo seja contratado em definitivo, pra ser o médico particular do Gabriel. Que faça sessões diárias, no mesmo horário, pra acompanhar e orientar. — Ordenou ele.
O mordomo entendeu na hora e já foi providenciar um contrato com salário bem alto.
Naquela tarde, Gabriel recebeu autorização para ter alta do hospital. O próprio mordomo foi até lá ajudá-lo a resolver a papelada.
— Sr. Gabriel, o Sr. Henrique passou aqui de manhã, foi conversar com seu psicólogo pra saber como o senhor estava… Mas acabou passando mal depois, por isso não pôde vir pessoalmente agora. — Explicou o mordomo, tentando suavizar a situação.
A expressão de Gabriel permaneceu fria. Ele respondeu direto, sem rodeios:
— Meu avô provavelmente só não quer me ver. Tanto faz… Por mim, não faz diferença.
O mordomo ficou sem jeito, calado.
Do outro lado da rua, parado num canto discreto, uma pequena microcâmera registrou toda a cena. Logo depois, uma van cinza ligou o motor e começou a seguir o carro preto em que Gabriel estava.
— O Gabriel disse isso mesmo? — A voz de Sr. Henrique soou carregada de surpresa e desconfiança ao telefone.
— Sim, Sr. Henrique. Pode ficar completamente tranquilo. O Sr. Gabriel parece realmente recuperado, e até mais maduro do que antes. — Garantiu o mordomo.
— Então… Quem sabe a gente não tira ele de lá? Se o senhor achar melhor, podemos deixá-lo na casa da família Pereira. E, pra Srta. Beatriz, a gente explica dizendo que é um tipo de liberdade provisória por motivo de saúde… — Sugeriu o mordomo.
Sr. Henrique ficou em silêncio por alguns segundos. Então respondeu, com voz firme e autoritária:
— Não. Ele mesmo disse que aceita ir pra detenção… Então vai cumprir até o fim.
O mordomo ainda tentou insistir, mas Sr. Henrique completou, sem dar brecha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...