Vitória conferiu as últimas informações com frieza e, então, curvou os lábios num sorriso calculado.
— Quanto mais rápido, melhor. O sinal já foi pago. O valor final… Vai depender da agilidade de vocês. —Disse com naturalidade.
Do outro lado da linha, a pessoa entendeu a mensagem.
A ligação foi encerrada.
Vitória colocou o celular de lado e soltou duas risadas secas, frias.
“Beatriz… Não me culpe por ser cruel. A culpa é sua. Você está no caminho da minha nova vida, do meu futuro perfeito. Só quando você desaparecer para sempre, é que eu vou conseguir viver em paz.”
Mas, no fundo, Vitória achava que Beatriz merecia aquilo.
“Foi você quem roubou o Gabriel de mim primeiro, lembra? Agora, nada mais justo que usar a sua vida como pagamento. Um preço alto? Talvez. Mas nada exagerado.”
Vitória confiava completamente na eficácia do serviço.
Não contratou amadores.
Ela sabia exatamente com quem falar, gente profissional, especializada em resolver problemas.
E o valor?
Cinquenta milhões.
Cinquenta milhões para apagar uma pessoa da Terra.
Mais do que suficiente.
Nesse instante, um pensamento cruzou sua mente como uma rajada de vento sombrio.
E o sorriso dela se alargou, maldoso, cheio de ironia.
“Leiloar o colar de Beatriz…
Usar o dinheiro do irmão de Beatriz…
Para pagar pela morte da própria Beatriz.
Um ciclo perfeito.
Um espetáculo fechado em si mesmo.”
Tudo isso sem levantar um dedo, sem correr risco, sem manchar as mãos.
Apenas usando a cabeça.
Estratégia.
Cálculo.
Brilhante.
No Grupo Pereira.
Rafael acabara de sair de uma reunião quando seu telefone tocou.
Era o mordomo da família Pereira.
Do outro lado da linha, o homem fez uma pergunta direta sobre assuntos da empresa.
— Um projeto que o Sr. Gabriel estaria renegociando? —Rafael repetiu a frase, pensativo. — Não tenho nada registrado. Normalmente, os contratos são fechados já na primeira rodada. O único caso de segunda negociação que me vem à mente, é aquele com o Grupo Martins. Mas isso foi resolvido antes de o Sr. Gabriel ser hospitalizado.
Houve um silêncio breve.
O mordomo, então, compartilhou com ele as informações que Henrique havia descoberto na noite anterior.
“Amanhã. Segunda tentativa. Desta vez tem que dar certo.”
Mas quanto mais ele procurava, menos encontrava.
As reuniões previstas para o dia seguinte envolviam apenas assuntos corriqueiros: aquisição de uma nova planta industrial, negociações logísticas com fornecedores…
Nada que se encaixasse no perfil descrito.
Ele franziu o cenho.
“Seria possível que o projeto ainda não tivesse sido oficialmente registrado?
Ou... Que o Sr. Gabriel estivesse deliberadamente deixando-o de fora?”
Mas se era uma segunda rodada, ele pelo menos teria visto os papéis da primeira.
E não havia nada.
Absolutamente nada.
— Rafael, conseguiu encontrar algo? —A voz do mordomo soou novamente do outro lado da linha, após alguns minutos de silêncio.
Rafael pegou o celular e respondeu:
— Oi, eu acabei de revisar tudo com calma… E o fato é que eu realmente...
Antes que pudesse terminar a frase, uma notificação apareceu no alto da tela do celular.
Uma nova mensagem.
O olhar de Rafael caiu imediatamente sobre ela.
O conteúdo, ou o remetente, fez seus olhos se arregalarem...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
Desbloqueia por favor!!!!!...
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...