Renato ficou paralisado com as palavras da irmã. Depois, franziu o cenho, confuso:
— Gabriel se vingou de você? Mas... Ele não te amava tanto? Por que faria algo contra você?
Ele se lembrava das manchetes escandalosas, da pulseira de noventa milhões que Gabriel tinha comprado para a irmã... Tudo isso não fazia sentido.
Sempre pensou que tivesse sido a esposa de Gabriel quem estava por trás de tudo, movida por ciúmes. Jamais imaginaria que o próprio Gabriel fosse o responsável.
— A gente realmente se amava... — Vitória começou, a voz embargada. — Mas depois... Ele passou a me culpar por ter ido morar fora por dois anos, por ter deixado ele. Tudo o que aconteceu agora... Era só uma armadilha dele. Uma doce armadilha...
As lágrimas voltaram a cair com força, molhando seu rosto já inchado.
— Ele fingia me tratar bem, fingia me amar. Mas, na verdade, tudo fazia parte da vingança. Quando os boatos entre nós começaram a se espalhar, ele me abandonou. Foi ele quem mandou a empresa me demitir. Quem me deixou com dívidas pra pagar.
O choro de Vitória era tão verdadeiro, tão cheio de dor, que o coração de Renato se apertou num misto de raiva e compaixão.
Aquilo tudo agora fazia sentido. Ele sempre achou estranho: um conglomerado como o Grupo Pereira, com tantos recursos e uma equipe de relações públicas de primeira, permitiria que escândalos continuassem na internet? O esperado seria que tudo tivesse sido abafado em minutos.
Mas não. A verdade era que tudo fazia parte de um plano do próprio Gabriel.
Ele havia iludido a irmã com palavras doces, feito com que ela voltasse a se apaixonar. Para depois, com um único golpe, destruir sua reputação, marcá-la como amante diante de todo o mercado.
Gabriel era, de fato, um homem mesquinho, vingativo ao extremo.
Foi uma vingança cruel, e ele sequer pagou um preço por isso. Usou e brincou com os sentimentos de Vitória e, quando cansou, jogou-a no fundo do poço.
— Não chora mais... Um homem como esse não vale uma lágrima. Eu vou te ajudar, vou fazê-lo pagar por tudo. — Renato disse, com a voz firme, carregada de determinação.
— Eu não tô chorando por ele... Tô chorando por mim mesma. — Respondeu Vitória, entre soluços. — Como eu pude ser tão burra, tão ingênua? Como pude acreditar no Gabriel...?
As palavras dela apertaram ainda mais o coração de Renato. Por um instante, ele não conseguiu dizer nada.
— Eu só... Só acreditei no amor, sabe? A gente se amava desde o ensino médio... Também ficamos juntos na faculdade... Nunca foi por dinheiro, nunca me joguei em cima dele por interesse. — Vitória enxugou o nariz com as costas da mão. — É verdade que cresci órfã... Mas eu também tenho meu orgulho. Eu sei me virar, posso trabalhar, pagar minhas contas... Só me sinto revoltada. Injustiçada. Por que ele teve que me tratar assim?
As lágrimas voltaram a correr com força, mais intensas do que antes. Diante daquela dor, Renato já não aguentou apenas observar. Passou o braço pelos ombros da irmã e a puxou devagar para um abraço.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
Desbloqueia por favor!!!!!...
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...