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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 566

Se alguém ainda podia dizer que os relatos dos paparazzi eram fabricados...

O que dizer então das imagens da câmera?

Lá estava Vitória, no meio da madrugada, abrindo o fogão da cozinha e deixando o gás ligado...

— Eu estava mentindo? — Soltou Gabriel, com um riso frio. — É melhor você não deixar os laços de sangue te cegarem. Senão, vai acabar perdendo completamente o senso do que é certo e errado.

Renato ergueu os olhos lentamente. O olhar era afiado, gélido.

Rafael sentiu todos os pelos da nuca se arrepiarem.

Ele já previa outra briga a caminho e correu para tentar a mediação:

— Sr. Renato, o que o Sr. Gabriel quis dizer é que... Bem... É importante ter uma visão ampla dos fatos... Considerar todos os lados...

— Não, eu quis dizer exatamente isso! — Interrompeu Gabriel, firme.

“Meu Deus... Sr. Gabriel, pelo amor de Deus! Não joga mais lenha na fogueira!”

— Renato, você acha que não te respeitei? — Gabriel agora falava direto, encarando-o. — Meu assistente te convidou várias vezes e você recusou. Fui eu mesmo que liguei pra você, e mesmo assim subi aqui sem levantar a voz, sem perder a linha. Mas você? Você acreditou cegamente no que a Vitória te disse. Me xingou como se eu fosse lixo. E depois veio me encher de porrada. Só pra te lembrar: você está em território nacional. Aqui é Cidade A, não o seu império no exterior. Aqui você não manda em tudo. Aqui tem lei.

Os olhos de Renato ficaram ainda mais escuros, como os de uma águia prestes a atacar.

Gabriel também não recuou nem um centímetro.

Porque ali, na Cidade A, ele tinha respaldo.

Se Renato quisesse construir uma base logística por ali, ele que tentasse, Gabriel podia travar tudo.

O ambiente ficou tomado por um silêncio tenso.

A tensão entre os dois era palpável, como pólvora prestes a ser acesa.

Rafael mal conseguia respirar.

Sentia que, a qualquer segundo, o Sr. Renato poderia se levantar e arrebentar o Sr. Gabriel de novo e com razão.

Afinal, Renato era grande, forte, e aquele olhar dele...

Parecia coisa de mafioso.

Mas foi nesse clima explosivo que, de repente, Renato quebrou o silêncio:

Ele sabia que Renato estava envolvido com comércio de armamentos no exterior e que isso tinha sido crucial para o crescimento meteórico do seu grupo empresarial.

Então, se ele dizia que poderia acabar com alguém...

É porque realmente poderia.

Mesmo assim, Gabriel manteve o olhar firme, sem desviar. Apertou os punhos, a tensão nos ombros evidente.

Respirou fundo e endireitou a postura.

“Posso até perder no jogo... Mas não vou perder na atitude.”

Não deixaria que Renato o intimidasse nem com o olhar.

— Sim, eu estive com ela por três anos. — Disse Gabriel, a voz firme. — Mas não fui eu quem terminou. Fui obrigado. Meu avô me forçou a casar com outra. E a Vitória... Pegou o dinheiro que ele deu, um milhão, e foi embora do país por vontade própria.

Tentava se defender. Se justificar.

Mas Renato sequer piscou.

— O Sr. Henrique te obrigou, e daí? — Rebateu, gelado. — Isso só mostra o quanto você é fraco. Covarde. Se ao menos tivesse tido coragem de enfrentar a família, ou de fugir com a minha irmã pra outro país...Talvez eu até respeitasse você um pouco. Mas não. Você se acovardou. Jogou a culpa toda no seu avô. E ainda fala como se estivesse cheio de razão. Um homem como você... Me pergunto o que minha irmã viu em você, sinceramente.

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