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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 603

— Além disso, desta vez eu não falhei por culpa minha, mas porque você não me avisou que aquela mulher tinha segurança particular escondida. — Insistiu o homem. — Me dê mais uma chance. Garanto que não haverá imprevistos. Antes, eu pensava em levá-la e resolver depois. Desta vez, vou acabar com ela ali mesmo, na rua.

Sua voz estava baixa, carregada de ódio.

Vitória permaneceu em silêncio. No momento, não tinha como contatar outro assassino profissional.

Além disso, sua ideia inicial era deixar aquele chip sem uso por um tempo, escondê-lo em outro lugar e esperar a poeira baixar antes de voltar a utilizá-lo.

— O adiantamento que te paguei, eu não vou pedir de volta. O fracasso da missão vai valer como pagamento para você calar a boca. Você entende o que isso significa, certo? — Disse ela, fria como gelo.

O homem entendeu e garantiu:

— Se eu não tiver sucesso, não quero o restante do pagamento. Nesse período, não entrarei em contato com você. Mesmo que eu seja preso, não direi o seu nome.

— Então vá e faça. Mas desta vez, não me decepcione. Quero que acabe com ela de forma definitiva. — Ordenou Vitória, a voz cortante.

Ela desligou, retirou o chip e o guardou. Não precisaria usá-lo nos próximos dias. Assim que tivesse certeza da morte de Beatriz, transferiria o restante do dinheiro para uma conta intermediária.

O adiantamento que havia pago não era pouco: oito milhões, valor suficiente para garantir o silêncio dele.

A noite estava densa. Nesse momento, no hospital...

Já tinham se passado mais de duas horas desde que Beatriz fora drogada, e Gabriel não saíra de perto dela nem por um instante.

Ele já havia contatado uma organização estrangeira, pronto para pagar uma quantia altíssima pelo antídoto.

Enquanto seus homens negociavam, ele acompanhava em silêncio, ouvindo o intermediário aumentar o preço uma vez após a outra.

— Eu pago. Mesmo que custe cem milhões de dólares. — Disse Gabriel, com a expressão séria e a voz firme.

— Mas avisa pra ele: se o remédio for falso ou não funcionar, que se prepare pra enfrentar a fúria do Grupo Pereira. — Completou, a voz carregada de ameaça.

Quando o intermediário ia repassar a mensagem palavra por palavra, Gabriel ouviu o sujeito do outro lado atender uma ligação.

Pelas frases entrecortadas em inglês, ele conseguiu captar que havia outra pessoa querendo o mesmo antídoto e, pelo tom respeitoso misturado com medo, ficava claro que temia muito aquela pessoa.

Assim que desligou a ligação, o homem do outro lado começou a inflacionar o preço: disse que o estoque estava limitado e pediu mais cinquenta milhões de dólares.

O intermediário de Gabriel, tremendo, traduziu tudo para o português. Gabriel fechou o punho, respirou fundo, os dentes cerrados.

“Filho da mãe… O Renato tem que fazer questão de me atravessar justo agora?!”

Cinquenta milhões a mais não era impossível de pagar. Mas Renato, aquele desgraçado, claramente estava aproveitando a situação para ferrá-lo.

E pensar que, mais cedo, o cara ainda tinha se feito de cavalheiro na frente do avô dele, que o elogiou até as nuvens…

Hipócrita.

Por fora, um santo, por dentro, outra história.

Gabriel não engoliria essa afronta. Se fosse mesmo Renato, faria questão de mostrar ao avô quem ele realmente era.

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