Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 607

O representante tentou ligar novamente para Gabriel, querendo esclarecer, mas a linha estava ocupada.

Enquanto isso, numa avenida do país...

No banco de trás de um Maybach, Gabriel atendia a uma chamada. Quem ligava era a secretária de Renato.

Inicialmente, ele não queria atender. Mas, se ela ligava, era certamente a mando de Renato. Queria ver qual era o próximo passo daquele desgraçado.

Será que, com o antídoto nas mãos para salvar Beatriz, ele queria negociar? Exigir que Gabriel se ajoelhasse e pedisse desculpas à Vitória? Ou forçá-lo a casar-se com ela?

Se fosse qualquer uma dessas opções, estava sonhando alto.

Renato achava mesmo que, com sua influência, poderia bloquear todos os caminhos? Gabriel não acreditava que fosse impossível encontrar outro antídoto.

— Sr. Gabriel, o jato particular já partiu a toda velocidade. Deve chegar em uma hora e, depois, vou mandar entregar o antídoto diretamente no hospital. — Informou a secretária de Renato.

Gabriel ouviu sem demonstrar o mínimo de gratidão ou emoção. Respondeu num tom frio:

— Poupe o rodeio e diga logo qual é a condição.

“Hã? Que condição?”

A secretária ficou surpresa.

— Bem... O Sr. Renato não me falou nada disso. — Respondeu ela, sem entender.

— Então é porque ele quer negociar pessoalmente comigo? — Perguntou Gabriel, a voz carregada de ameaça.

A secretária ficou ainda mais confusa.

“O que o chefe teria para negociar? Ele só havia mandado entregar o remédio no hospital... Será que havia algum outro assunto?”

Ainda mergulhada na dúvida, ouviu a voz de Gabriel, agora cheia de raiva, ecoar do outro lado da linha:

— Diga ao Renato que eu mesmo consigo o antídoto! E que nem pense em me forçar a casar com a Vitória! Mesmo que todas as mulheres do mundo morressem, eu jamais me apaixonaria por ela!

A secretária ficou em silêncio.

Do outro lado, Gabriel já havia chegado ao aeroporto.

Quando viu a mensagem enviada pela secretária de Renato, franziu o cenho.

Então não queriam forçá-lo a casar com Vitória? Qual seria, então, a condição?

Perguntou de novo. A resposta veio:

[Não há condição alguma. O Sr. Renato apenas me disse para providenciar o antídoto e enviá-lo o quanto antes para o hospital.]

Gabriel leu e não acreditou.

Renato, agir de boa vontade? Ajudar a conseguir o antídoto e entregá-lo tão rápido, de graça?

Impossível.

Devia ser que o verdadeiro acordo não fora contado à secretária. Ele devia estar esperando para agir primeiro e exigir depois: dar o antídoto a Beatriz e, em seguida, chantageá-lo para que se casasse com Vitória.