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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 612

Ou seja, ele realmente havia entendido tudo errado sobre Renato.

— Entendi. Diga ao...

Gabriel massageou as têmporas. Estava prestes a pedir que agradecessem a Renato por ele, mas as palavras simplesmente não saíram.

— Deixa pra lá, não é nada. Pode desligar. — Disse por fim.

Afinal, precisava mesmo agradecer? Renato não tinha conseguido o medicamento especial por causa dele, e sim por causa do avô. Portanto, não havia motivo para gratidão.

Gabriel pressionou a língua contra o lado interno da bochecha, onde o ferimento ainda doía um pouco. Não havia esquecido que o outro lhe desferira alguns socos.

No banco do carona, Rafael lembrara-se do pedido da Srta. Letícia. Assim que confirmara que o medicamento estava garantido, tratou de avisá-la.

Letícia ainda estava acordada. Ao receber a notícia, ficou radiante. Correu para avisar o irmão de que não precisava mais procurar o remédio — Beatriz estava salva.

Eduardo leu a mensagem e perguntou:

[A família Pereira foi tão rápida assim? Já está quase chegando ao Brasil?]

[Pelo que o Rafael disse, quem ajudou foi um tal de Renato. Deve ser amigo do Gabriel, imagino.]

Ao ver o nome “Renato” na tela, Eduardo ficou paralisado por um instante.

Renato... Quem mais poderia ser?

A eficiência em tão pouco tempo significava que ele tinha contatos dentro dessas organizações. E se o medicamento já estava sendo enviado por voo especial e prestes a chegar, só poderia ser aquele Renato.

Eduardo apertou os lábios, surpreso. Não imaginava que Renato tivesse uma relação tão boa com a família Pereira. Isso, sim, estava fora de suas expectativas.

Sabia que Renato tinha voltado ao país para abrir um entreposto comercial e que precisava de parceiros. Talvez por isso tivesse decidido ajudar.

— O ritmo cardíaco está estável, e os exames de sangue mostram que o nível residual da substância tóxica já caiu para uma faixa segura. Provavelmente, ela vai acordar amanhã cedo. — Respondeu o médico.

Gabriel soltou um suspiro profundo, sentindo os ombros desabarem, fechando os olhos em alívio.

O mordomo e Rafael também sorriram, visivelmente aliviados. Rafael acompanhou o médico até a saída, enquanto o mordomo disse:

— Sr. Gabriel, a Srta. Beatriz está fora de perigo. O senhor pode ficar tranquilo agora.

Gabriel assentiu levemente, mas seus olhos não se afastaram da figura frágil por trás do vidro. O corpo dela estava tão magro que quase se confundia com a linha do colchão.

Beatriz sempre fora delicada, fraca. Qualquer crise era um golpe imenso para ela.

Nos olhos de Gabriel havia uma ternura transbordante, um desejo de protegê-la a qualquer custo... Mas, junto, veio a lembrança dolorosa do dia em que a empurrou, causando a fratura no osso. A culpa o corroía por dentro.

E ainda havia Vitória... Vitória, que havia aberto o gás para envenenar Beatriz, que propositadamente derramara sopa quente sobre o pé dela, que já havia tentado um sequestro sem sucesso, e agora, tentava novamente, pela segunda vez...

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