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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 619

— Como não é questão de negócios? — Interrompeu Samuel Martins, pai de Eduardo, descendo as escadas. — Ele teve um ótimo desenvolvimento no exterior, e no futuro pode haver oportunidades de parceria. Ouvi dizer que voltou ao país justamente para iniciar um projeto. Um homem desse porte você precisa conhecer, e, se puder fazer amizade, melhor ainda.

Diante disso, Eduardo não teve alternativa a não ser esperar em casa. Pegou o celular e mandou mensagem para Leonardo, avisando que só poderia encontrá-lo à tarde.

— Querido, esse rapaz é casado? — Perguntou Priscila, virando-se para Samuel.

— Não tenho certeza... Mas, com trinta e dois anos, imagino que já tenha sido casado, sim. — Respondeu ele.

Priscila fez uma expressão levemente desapontada.

Sentado no sofá da sala, Eduardo entendeu imediatamente o que a mãe estava insinuando e falou, sem rodeios:

— Nem vimos a pessoa ainda e você já quer empurrar casamento? Ao menos sabe como ele é de caráter ou personalidade? E, além disso, ele é oito anos mais velho que a minha irmã. Você acha que ela iria querer?

Diante da franqueza do filho, Priscila retrucou:

— Só quero que sua irmã conheça mais gente. Nesse círculo de herdeiros, mesmo frequentando festas e eventos, nunca vi ela se interessar por ninguém. Antes, gostava do Gabriel, mas ele era...

Priscila interrompeu a frase.

Mas ele era um desastre como pessoa, completou em pensamento. Aparência, capacidade, família... Tudo ótimo. Só o caráter que deixava a desejar.

— Oito anos não é tanta diferença assim. Mais velho significa mais maduro, sabe cuidar de uma mulher. — Insistiu Priscila, voltando ao assunto.

Eduardo, sem paciência, rebateu com um exemplo:

— Oito anos não é muito? Quando ele completou dezoito, a minha irmã tinha dez. Quando ele estava entrando na universidade, ela estava no quinto ano do ensino fundamental.

Priscila ficou sem palavras.

— Mas sua irmã já tem vinte e quatro, e ele trinta e dois... Não é tão diferente assim. — Insistiu Priscila.

Eduardo não respondeu mais. Sabia que falar era inútil, aquilo era apenas uma ideia fixa da mãe.

Se Letícia não quisesse, mesmo que fosse para o outro lado do mundo, não se casaria com aquele homem.

Naquele momento, do outro lado da cidade, no Hotel Visqui.

A outra já tinha ajudado Beatriz a humilhá-la várias vezes e, para piorar, era uma herdeira mimada com quem não podia se indispor diretamente.

— Eu sei que da última vez que você foi parar na delegacia foi por pressão dela e do irmão, e ainda lhe arrancaram dinheiro. — Continuou Renato. — Por isso, neste almoço, você não precisa aparecer. Eu só vou representar o pai numa visita formal.

Vitória mordeu o lábio, adotando um ar de vítima injustiçada.

Ela queria pedir que o irmão se vingasse por ela, mas pensou melhor e conteve-se.

Primeiro, porque a família Martins tinha certa ligação com os Cardoso.

Segundo, porque, para haver revanche, Renato teria de tomar a iniciativa.

Se ela pedisse diretamente, passaria a imagem de uma mulher rancorosa e mesquinha, algo que não se encaixava no papel que ela queria manter.

Então, com um lampejo de ideia, baixou a cabeça e falou com um tom humilde e abatido:

— Na verdade... Aquilo que aconteceu da última vez foi culpa minha. Se não tivesse perdido a cabeça e agido por impulso, os irmãos Letícia não teriam feito aquilo comigo.

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