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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 682

— Vi. — Quando o assunto anterior chegou ao fim e a garota parou de falar, Renato tomou a iniciativa de chamá-la.

Vitória levantou o olhar. O sorriso feliz que iluminava seu rosto congelou no instante em que ouviu as palavras do irmão.

Seu corpo enrijeceu, o coração apertou e, logo, recorreu ao recurso que nunca falhava consigo mesma: chorar.

— Mano… Foi você que contou para o papai e a mamãe? — Perguntou entre soluços.

Ele não tinha prometido que não diria nada sobre o que acontecera com ela no exterior? Por que, então, voltava atrás agora?

— Não fui eu quem contou. — Respondeu Renato.

Vitória deixou as lágrimas escorrerem, encarando-o com olhos marejados. Renato, com o coração despedaçado, estendeu-lhe um lenço.

— Foram eles que investigaram por conta própria. — Explicou ele. — Tudo começou porque a família Pereira exigiu garantias de segurança para a ex-mulher do Gabriel. E como você já havia sequestrado a Beatriz, nossos pais ficaram desconfiados.

— Daquela vez eu errei… — Vitória desabou em pranto ainda mais forte. — Mas desta vez não fui eu! Eu não fiz nada…

Renato se atrapalhou ao vê-la tão desesperada e tratou de acalmá-la.

— Eu sei. O que quero dizer é que quem não deve não teme. Não precisa ter medo, nem se preocupar. Nossa consciência está limpa, e eles não vão conseguir jogar essa culpa em você. A família Pereira também não está exigindo punição. Eles só querem evitar que algo semelhante volte a acontecer. Nossos pais não têm nenhum preconceito contra você por causa disso.

Aos poucos, ao ouvir aquelas palavras, o choro de Vitória foi perdendo força.

— Eu só tenho medo… — Confessou ela, engasgada. — Medo de que papai e mamãe não queiram mais me reconhecer. Afinal, só recentemente fui acolhida de volta. Passei vinte anos afastada de vocês, sem construir nenhum vínculo de afeto… Eu lutei tanto para reencontrar minha família. Não quero voltar a ser órfã…

Nos últimos dias, vivendo com Renato, também não lhe faltara nada. Mas tudo o que usava eram presentes dele, não coisas que ela mesma tivesse escolhido.

Mesmo quando ia a alguma loja, ficava se controlando na hora de escolher, nunca se permitindo exagerar.

Mas agora…

Ela teria em mãos um cartão só dela, para comprar tudo o que desejasse.

— Isso é valioso demais, mano, eu não preciso… — Murmurou, empurrando o cartão de volta, ainda que apenas alguns centímetros.

— Você já me deu tantas coisas. Todos os dias eu como bem, sem gastar nada. Então, acho que esse cartão não é necessário. — Disse ela, com uma expressão sincera.

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