Ao ouvir aquilo, Gabriel não hesitou. Seguiu Vitória até o táxi, cambaleando, mas determinado.
Do outro lado, no cruzamento seguinte, Beatriz havia recusado o convite de Daniel para visitar a empresa mais cedo e decidiu esperar por Letícia ali mesmo.
Quando viu o carro vermelho se aproximando, caminhou até ele e entrou.
— Você não vale nada mesmo, hein, Bia! — Letícia disparou assim que ela se acomodou no banco. — Quando eu falei do Daniel, você quase jurou que não queria nem cruzar com ele… Aí agora, só pra trocar mais duas palavrinhas, já pulou no carro do cara!
Beatriz ficou sem palavras, tentando justificar:
— Foi só um trajeto curto... A gente quase nem conversou.
— Mas deu tempo de trocar uns beijinhos, né? — Retrucou Letícia com um sorrisinho debochado.
Beatriz nem respondeu.
— Então me conta, vai... Do que vocês falaram? Se não contar, eu mesma vou inventar a versão mais picante possível! — Insistiu Letícia, impiedosa.
Beatriz tentou rir, mas o sorriso era claramente forçado.
— Juro que não foi nada demais. Conversamos sobre a empresa, algumas coisas do trabalho...
As duas seguiram discutindo entre alfinetadas e risadinhas, enquanto o carro tomava o caminho de casa.
Na entrada de um hotel, o táxi de Gabriel e Vitória finalmente parou.
Vitória desceu primeiro, ajudando Gabriel a sair do carro. Ela já se preparava para levá-lo até o lobby quando ele afastou sua mão com um gesto brusco. A testa franzida, a voz pastosa, mas firme:
— Eu sou casado. Fica longe de mim.
Vitória travou por um segundo.
“Ah, é? Vai dizer isso também quando estiver na cama comigo?
Essa distância... Vou transformar em outra coisa bem rapidinho.”
— Tá certo, então. Vamos para casa. A Bia tá te esperando. — Respondeu com um sorriso forçado, escondendo a frustração.
Gabriel, a princípio, parecia concordar. Mas, ao chegar na entrada do hotel, parou de repente. Fixou o olhar na porta, depois levantou a cabeça, como se procurasse alguma coisa no ar.
— Que foi, Gabi? Vamos logo. — Disse Vitória, tentando empurrá-lo.
Mas Gabriel a empurrou de volta com força inesperada. Ela, desequilibrada e de salto alto, quase caiu no chão.
— Isso aqui não é minha casa. Não tenta me enganar. — Rosnou, com raiva, encarando-a por um instante antes de se virar e entrar no saguão do hotel.
Vitória ficou paralisada.
“Será que ele ficou sóbrio de repente?”
Esperando Beatriz.
Do outro lado, Rafael já havia localizado o hotel com precisão, usando apenas o nome informado.
Dez minutos depois, Rafael chegou ao local. Encontrou Gabriel sentado no degrau da entrada do hotel, com o terno amarrotado, a gravata frouxa e o olhar perdido, uma figura completamente diferente do chefe frio, sempre impecável e controlado a quem estava acostumado.
Ao lado dele, Vitória tentava disfarçar o constrangimento, puxando o braço de Gabriel como se estivesse lidando com um adolescente rebelde.
— Sr. Gabriel... O senhor tá bem? — Perguntou Rafael, se aproximando com cautela.
Gabriel levantou os olhos lentamente. Ao reconhecê-lo, franziu a testa.
— Rafael? O que você tá fazendo aqui?
Rafael ficou sem palavras.
“Ué... Não foi você que me ligou?”
— Cadê a Beatriz? Por que ela não veio? — Gabriel continuou, agora mais irritado, a voz embargada pelo álcool e pela frustração.
Vitória, vendo que tudo podia sair do controle a qualquer momento, tratou de tomar a frente:
— Desculpa, Rafael... O Gabi acabou bebendo um pouco demais. Ele não vai conseguir ir para empresa hoje. Eu vou levá-lo para casa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...
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Eu estou pagando para ler os capítulos e vcs não desbloqueiam para que eu possa ler. O que acontece????...
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