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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 754

A secretária se assustou com a súbita pressão do chefe e, tomada por puro instinto de sobrevivência, tratou logo de se justificar:

— Eu só quis lhe informar… Não quis insinuar nada.

O Sr. Renato não estava, afinal, acobertando a Srta. Vitória? Então, por que reagiu de forma tão chocante ao ouvir aquilo?

Antes, quando ela tentara defender Vitória, ele mesmo havia dito que a moça não passava de uma treceira.

Porém, pensando melhor, a situação agora era diferente.

Se o assassinato da ex-esposa do Sr. Gabriel tivesse realmente ligação com Vitória, o Sr. Renato jamais conseguiria dar satisfações à família Pereira.

— Perdão, Sr. Renato. Considere que eu não disse nada. Vou voltar ao trabalho. — Disse a secretária, tentando escapar, morrendo de medo de despertar a ira do patrão.

Ela já se virava para sair às pressas, quando Renato, de repente, ordenou:

— Pare aí.

A secretária congelou. Virou-se devagar, o medo estampado no rosto, e balbuciou:

— Me desculpe, Sr. Renato! Eu não estava insinuando nada contra a Srta. Vitória. Foi erro meu! Por favor, me perdoe! Prometo que nunca mais vou falar besteira!

Renato a observava, o rosto sem expressão. Mas as palavras que saíram de sua boca não foram de repreensão nem de bronca:

— Vá investigar. Quero saber para onde foram aqueles oito milhões na plataforma virtual: quem recebeu, para quê foram usados. Quero horário, mensagens e o endereço de IP.

A secretária ficou atônita por um instante, mas logo começou a acenar freneticamente com a cabeça e saiu para providenciar.

O coração quase saíra pela boca, mas ao menos entendeu: ele não queria brigar, apenas ordenar a apuração.

Se o Sr. Renato mandava investigar, significava que, apesar da raiva, ainda estava em dúvida, não tinha certeza.

Restava torcer para que esse irmão, que tanto protegia Vitória, recebesse uma boa notícia e não a pior de todas.

A secretária colocou a tarefa como prioridade máxima e imediatamente entrou em contato com colegas no exterior.

Afinal, aquele tipo de plataforma já era ilegal por si só, e não se submetia às leis de nenhum país.

Em geral, quando se trata de informações sigilosas, mesmo que autoridades venham investigar e quebrem uma camada, ainda restam inúmeras outras por trás.

Mas com o Sr. Renato era diferente: ele conseguia acessar qualquer resultado que desejasse. Isso era a prova concreta do poder que se exercia no topo.

Os colegas já haviam saído para executar a ordem. A secretária desligou o telefone e ficou aguardando o retorno.

A mulher, de sorriso gentil, dizia à recepcionista enquanto ela falava ao telefone:

— Sou a mãe da Letícia. Por favor, avise a Beatriz assim.

A recepcionista assentiu e transmitiu o recado. Depois de desligar, dirigiu-se à visitante com toda a deferência:

— Por favor, aguarde um instante. A Beatriz já está vindo.

A mulher manteve o sorriso. Apenas fez que sim com a cabeça e esperou com calma.

Vestia-se com roupas de grife da cabeça aos pés, exalando elegância de dama da alta sociedade.

A recepcionista, que sabia bem do background de Beatriz e de suas conexões com grandes famílias, não ousava descuidar no trato.

— Senhora, pode se sentar no sofá para descansar um pouco. Vou lhe servir um café. — Ofereceu, com um gesto convidativo.

— Não, obrigada. Continue o seu trabalho, eu fico bem assim. — Respondeu a mulher, sempre sorridente.

A recepcionista, ao ouvir, recolheu-se discretamente.

Enquanto isso, no corredor da empresa…

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