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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 778

O coração de Vitória se apertou na mesma hora, mas no rosto manteve-se firme e serena:

— Não fui eu. Mano, como pode pensar isso de mim?

Renato observava cada detalhe da expressão dela. Sempre se orgulhara de sua habilidade em ler pessoas, raramente errava. Mas, justamente dentro da própria família, tinha sido enganado.

Primeiro, porque Vi era extremamente habilidosa em disfarçar. Depois, porque a aura de “irmã querida” o cegara, confundindo seu julgamento várias vezes.

— Então, o sequestro recente da Beatriz, com aquele sonífero, o Pó do Êxtase... Também não foi você? — Questionou de novo, com frieza.

— Claro que não! Não fui eu! — Respondeu Vitória, com firmeza.

Renato, vendo que ela continuava negando, puxou algumas folhas de uma pasta em cima da mesa, ergueu-as diante dela e disse:

— E isto aqui? Como você explica?

Vitória olhou as páginas impressas. Eram conversas de chat. As frases lhe soaram tão familiares que não conseguiu mais sustentar a farsa. Seu rosto mudou drasticamente.

“Impossível... Como Renato conseguiu esses registros? Isso vinha de um site no exterior, uma plataforma de transações virtuais. Renato... Teria ele invadido minha conta?”

— Aqui está escrito, com todas as letras: “Oito milhões é só o adiantamento pela vida da Beatriz. Depois do serviço feito, pago o restante.” — A voz de Renato soou cortante, palavra por palavra. — Ou você vai negar que é sua? Quer que eu pegue seu celular agora e faça o login na sua conta, na sua frente?

Vitória ficou imóvel, o corpo rígido, os olhos fixos no irmão. Pela primeira vez, entendeu plenamente o alcance dos métodos dele.

“Então era isso o que ele queria dizer quando afirmava que podia descobrir tudo... Até mesmo transações em sites obscuros, até mesmo nas redes mais ocultas, ele conseguia arrancar cada detalhe.”

— Eu te dei a chance de se explicar, Vi. — A voz de Renato agora carregava um peso amargo. — Mas você preferiu mentir, esconder, negar.

Chorar, chorar, chorar... Se tivesse coragem, não teria mandado matar ninguém!

— Precisa gritar desse jeito? — Uma voz grave cortou o ar. — Não é hora de perder o controle. O que temos que pensar é em como resolver isso.

A porta do escritório se abriu, revelando Luciano.

Renato lançou um olhar para o pai, depois desviou, engolindo a raiva.

Além da Vi, ele não via quem mais teria motivos para querer Beatriz morta. A tentativa de sequestro falhara, agora, o atropelamento. Se Gabriel não tivesse se jogado na frente, Beatriz estaria morta.

E justamente por ter sido Gabriel a salvá-la, a situação com a família Pereira se tornava ainda mais delicada.

— Vi, seu irmão já descobriu tudo. Agora me diga: foi você ou não? — Perguntou Luciano, a voz carregada de autoridade, os olhos fixos nela com severidade.

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