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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 792

Instintivamente, Beatriz olhou por cima do ombro. O segurança ainda a seguia de perto, e isso lhe trouxe um breve alívio.

Mas, antes que pudesse respirar tranquila, ao dar o próximo passo, o pé escorregou no degrau. Ela soltou um grito de susto e quase caiu escada abaixo.

— Cuidado! — Exclamou o segurança, estendendo a mão para segurá-la.

Naquele instante, antes que ele conseguisse alcançá-la, uma perna longa e firme avançou três degraus de uma vez e logo a sustentou com força e segurança.

O corpo de Beatriz ficou preso em braços sólidos, e o coração, que disparara de pavor, voltou lentamente ao lugar. Acima de sua cabeça, ressoou uma voz grave e masculina.

— Você está bem, senhorita?

— Estou… — Respondeu Beatriz, erguendo o olhar.

Deparou-se então com um rosto severo, de traços frios, quase ameaçadores. Não era outro senão Renato, que havia chegado apressado.

Ao encarar a jovem que segurava, em especial aqueles olhos, ele ficou paralisado.

“Por quê…?”

Naquele instante, teve a estranha impressão de enxergar nela a sombra da irmãzinha que perdera tantos anos atrás.

Beatriz já havia se recomposto, ficando de pé, mas ainda tinha o braço preso pela mão dele. Puxou-o suavemente, tentando se soltar.

— Desculpe… — Murmurou Renato, percebendo só então a resistência dela.

Afrouxou os dedos, deixando-a livre.

— Obrigada por ter me ajudado. — Disse Beatriz, inclinando-se levemente em sinal de cortesia antes de tentar continuar descendo os degraus pela lateral.

Mas mal dera um passo de lado, a mão dele voltou a agarrar-lhe o pulso com firmeza.

Beatriz virou-se surpresa, sem entender, fitando-o com os olhos arregalados.

— Qual é o seu nome? Quantos anos você tem? — Perguntou Renato, sem desviar o olhar, a expressão tensa.

Beatriz franziu as sobrancelhas. Se não fosse pelo olhar penetrante demais e pelo semblante carregado de seriedade, poderia muito bem tê-lo confundido com um estranho inconveniente tentando cortejá-la.

— Por favor, solte-a. — O segurança desceu rapidamente e tentou afastar a mão de Renato.

Mas, para sua surpresa, não conseguiu soltá-la de imediato, o que o deixou ainda mais alerta.

Ao perceber a desconfiança e a postura protetora nos olhos do homem à sua frente, Renato enfim relaxou os dedos e explicou:

— O que exatamente você pretende? — Perguntou em tom sério.

Ele também havia notado a silhueta em branco que se afastava. Bastou um olhar para reconhecer que era Beatriz, e por isso não queria permitir que Renato a perturbasse.

— Solte-me. — Exigiu Renato, sacudindo o ombro para se livrar da mão de Eduardo.

— Vai mesmo criar confusão aqui, em pleno evento da família Martins? — Retrucou Eduardo, encarando-o.

Renato parou, os olhos se estreitando em desconfiança.

— O que quer dizer com isso?

— Quer que eu desenhe? A garota que você estava atrás não era a Beatriz? Ou vai me dizer que estava tentando defender a Vitória? — Rebateu Eduardo.

Ao ouvir o nome “Beatriz”, Renato ficou atônito. Virou a cabeça rapidamente, mas a silhueta branca já havia desaparecido na noite.

“Beatriz…

Então… Aquela era mesmo Beatriz?”

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