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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 811

“E afinal, estamos falando de quarenta milhões. Quem poderia desembolsar essa quantia com tanta facilidade só poderia ser...”

— Vitória! Foi ela quem tentou matar a Beatriz. — Disse Gabriel, cerrando os punhos, o olhar fixo e determinado. — Esse dinheiro com certeza saiu do Renato. Esses irmãos... todos eles são assassinos.

Ao ouvir a conclusão de Gabriel, embora o Sr. Henrique também nutrisse a mesma suspeita, até aquele momento não havia nenhuma prova concreta. Nada confirmava que fora ele o responsável pelo crime.

— Vinícius é um homem feito, como poderia simplesmente desaparecer? — Repetiu Gabriel, a voz carregada de indignação. — E já se passaram mais de dez dias. É óbvio que foi Renato quem o escondeu antes, só para que todas as pistas morressem junto com Vinícius.

Sua raiva fazia o peito subir e descer violentamente, e a dor latejante nas costelas feridas voltava a incomodá-lo.

O mordomo, preocupado ao ver o rosto dele mudando de cor, apressou-se em dizer:

— Sr. Gabriel, por favor, não se irrite. O senhor ainda está machucado.

— Como não me irritar?! — Gritou Gabriel. — Vejo o assassino diante dos meus olhos e não consigo levá-lo à justiça. Todas as provas foram destruídas por ele! O que querem? Que Beatriz morra injustiçada, sem sequer poder se defender?!

O mordomo ajudou-o a deitar-se na cama. Foi então que o Sr. Henrique falou com voz grave:

— E ficar aqui remoendo sua raiva vai resolver alguma coisa? Ou será que está descontando em mim?

Gabriel se calou por alguns instantes. Depois respondeu em tom baixo:

— Não é isso.

— Só quero dizer que a família Cardoso está se tornando insuportavelmente arrogante. Se as coisas continuarem assim, Beatriz enfrentará cada vez mais tragédias inesperadas... Até que, no fim, não terá escapatória. — Ele falou entre dentes, tomado pela fúria.

A raiva consumia Gabriel, não apenas contra os Cardoso, mas contra si mesmo. Sentia-se impotente por não conseguir proteger a mulher que amava naquele momento crítico.

E o pior era que, por causa da influência da família Cardoso, seu avô o proibia de usar o peso do próprio clã para enfrentá-los. Assim, Beatriz permanecia isolada, exposta, completamente vulnerável diante do perigo.

Dessa vez, ele conseguira protegê-la do acidente de carro. Mas e amanhã? E se amanhã houvesse outro acidente? Como poderia garantir que estaria lá para salvá-la de novo?

Gabriel apertava os punhos, o rosto marcado por uma dor silenciosa. O Sr. Henrique o observava, os lábios comprimidos, antes de dizer:

Mencionou ainda o pagamento de oito milhões como adiantamento para o assassinato e, por fim, fez apenas uma pergunta:

— Luciano, no passado, seu pai e eu não éramos de sangue, mas éramos como irmãos. Eu só quero que você me dê uma garantia: diga que sua família não tem nenhuma ligação com esses dois crimes, nem qualquer conhecimento a respeito.

Do outro lado da linha, Luciano ouviu o tom grave do Sr. Henrique. Abaixou a cabeça, permaneceu em silêncio por um instante e então respondeu:

— Eu lhe dou minha palavra, Sr. Henrique. A família Cardoso não tem nada a ver com isso, nem sabe de nenhum detalhe.

— E quando digo isso. — Acrescentou o Sr. Henrique, a voz ainda mais austera — Estou incluindo também a filha que você acabou de reconhecer, Vitória.

— Sim. — Respondeu Luciano. — Vi está incluída.

Ao ouvir essa confirmação, o Sr. Henrique retrucou, firme:

— Muito bem. A ligação está gravada. E deixo claro desde já: se, no fim, for provado que essas duas pessoas têm qualquer relação com a família Cardoso, não espere que eu poupe considerações ou preservações de amizade.

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