Ninguém ousava se mover. O ar estava pesado, congelado pela tensão.
Nesse instante, por trás da multidão, Gabriel foi empurrado em sua cadeira de rodas.
Ao ver Beatriz dominada, com a arma apontada para a cabeça, o sangue lhe ferveu. Tentou se levantar de supetão para avançar contra o criminoso.
Um dos seguranças o conteve com firmeza e murmurou:
— Sr. Gabriel, ele está armado. Não podemos agir sem pensar. Se arriscarmos, a Srta. Beatriz perde a vida.
— A refém ainda respira. — Acrescentou um policial. — O sequestrador a usa como escudo. O primeiro passo é mantê-la viva.
As palavras não aliviavam nada. Gabriel cerrou os dentes, olhando Beatriz caída, a cabeça tombada de lado, completamente inerte.
O coração se apertava em angústia.
Segurava o apoio da cadeira com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. A vontade era lançar-se contra o bandido, mesmo que fosse para morrer junto.
Mas o medo de vê-la executada o paralisava.
Entre a fúria e a impotência, seu olhar caiu sobre Renato, parado mais à frente, em posição de enfrentamento.
— Ele é cúmplice! — Explodiu Gabriel, a voz tomada de rancor. — Prendam-no também! Só assim não dará tempo para o bandido fugir!
— Não parece ser o caso. Foi ele quem interceptou o sequestrador. — Um policial seguiu a direção indicada, avaliando.
Gabriel fechou a cara, incrédulo. Mas um dos seguranças de Renato interveio:
— Somos seguranças do Sr. Renato. Ele nos enviou para proteger a moça. Quando soube do perigo, veio pessoalmente. Se fosse cúmplice, por que arriscaria tanto?
Gabriel girou o pescoço para encarar o grupo. Eram quase dez, todos rostos desconhecidos.
Sua acusação foi enfraquecendo.
De desconfiança, passou a suspeita amarga.
“Renato... Proteger Beatriz? Qual era a verdadeira intenção? Raposa cuidando do galinheiro?”
Não havia tempo para devaneios. Voltou os olhos para o sequestrador e para Beatriz, a voz embargada pela pressa e pelo desespero:
— Vamos ficar só parados?! E se ele fugir, e no caminho decidir matá-la?!
— Temos que seguir as ordens dele, ou a refém morre agora mesmo. — Respondeu o policial, firme mas impotente.
O sequestrador era cauteloso ao extremo. Recuava devagar, os olhos fixos em cada um deles.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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Eu não entendo: se eu quero pagar pra ler porque os capítulos tem que estar bloqueados???? Isso desestimula a leitura!!!! Desbloqueia por favor!!!!...
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Eu não entendo. Quero pagar pra ler e vcs não desbloqueiam!!!!...
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