Por causa do que acontecera na noite anterior, Gabriel passou a manhã inteira de cara fechada. Rafael continuava sua busca pela cidade, pelo estado e até pelo país inteiro, mas sem o menor progresso.
Já era o terceiro dia.
— Quando é que você vai conseguir encontrá-la, hein? Dá pra ser mais eficiente? — Perto da hora de ir embora, Gabriel finalmente perdeu a paciência e explodiu com Rafael.
Rafael também estava frustrado. Dentro do que estava ao seu alcance, não havia como encontrar a Sra. Beatriz. Então respondeu, com um tom contido:
— Sr. Gabriel, talvez o senhor devesse recorrer a contatos pessoais... Tentar conseguir o novo número da Sra. Beatriz. Eu não tenho acesso, por se tratar de um dado protegido por leis de privacidade.
Ao ouvir isso, Gabriel teve um estalo. Imediatamente começou a entrar em contato com pessoas que trabalhavam nas operadoras de telefonia, tentando acessar os bancos de dados.
Mas operadoras não pertencem a empresas privadas facilmente influenciáveis. Mesmo usando todas as suas conexões, ele não conseguiu alcançar os escalões mais altos. Perdeu horas e horas nisso, em vão. E, ao final, afundou-se num estado de frustração e desânimo.
O que mais podia fazer...
Que outro caminho havia para encontrar Beatriz?
Ainda estava no escritório, e já passava das onze da noite.
De repente, uma ideia atravessou sua mente como um raio, seu avô. Se ele interviesse, sem dúvida conseguiria o novo número de Beatriz diretamente com a operadora. Sem pensar duas vezes, Gabriel ligou imediatamente para a casa da família Pereira.
O telefone fixo tocou por uma eternidade, sem que ninguém atendesse. Gabriel andava de um lado para o outro no escritório, como uma formiga em chapa quente, consumido pela ansiedade.
Ligou uma vez. Ninguém atendeu. Tentou de novo. E de novo.
Sem se importar com quantas vezes fosse necessário, insistiu incansavelmente. Finalmente, após longos minutos de chamadas contínuas, alguém atendeu do outro lado da linha.
— Sr. Gabriel? Tão tarde... O que aconteceu? — Perguntou o mordomo.
— Desculpa... Eu não queria incomodar o vovô a essa hora, mas... É que é muito urgente, preciso muito da ajuda dele. — Respondeu Gabriel, atropelando as palavras, claramente aflito.
Ao perceber o tom desesperado de Gabriel, o mordomo tentou acalmá-lo:
“Documentos de divórcio... Enviados pra casa da família?
Não, não... Não era possível. Aquilo não podia ser verdade...”
— Isso é mentira! É uma cópia! É uma brincadeira da Beatriz, só pode ser! — Rugiu Gabriel, tomado de raiva. — Eu até aceito ela me pregar uma peça, mas envolver o vovô nisso? Ela perdeu o juízo?!
“Porra... A Beatriz realmente perdeu a noção. Teve a audácia de forjar um documento e ainda mandar direto pro meu avô?
Será que ela não pensou que ele poderia acreditar e autorizar o divórcio de verdade? E aí ela seria expulsa da família Pereira!”
Gabriel estava transtornado, furioso com a ousadia e a crueldade daquela brincadeira.
— Não era uma cópia, senhor. Era o original. E com sua assinatura, de próprio punho. — Respondeu o mordomo do outro lado da linha.
Ao ouvir aquilo, Gabriel achou que estivesse tendo alucinações. Seus olhos se arregalaram, e ele ficou ali, parado, mergulhado em uma incredulidade total.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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Eu não entendo: se eu quero pagar pra ler porque os capítulos tem que estar bloqueados???? Isso desestimula a leitura!!!! Desbloqueia por favor!!!!...
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Eu não entendo. Quero pagar pra ler e vcs não desbloqueiam!!!!...
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