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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 896

— Bia, com quem você tá mandando mensagem aí? — Perguntou Letícia, virando-se com esperteza.

Beatriz levou um susto e respondeu às pressas:

— Ninguém.

— Agora você tem segredos comigo? — resmungou Letícia, meio ofendida.

Beatriz apenas a encarou, sem saber o que dizer. Priscila tinha insistido várias vezes para que não contasse nada à Letícia.

— Deixa pra lá… Todo mundo tem sua privacidade, até mesmo as melhores amigas. Só espero que você não esteja falando com o Gabriel, porque aí eu juro que ficaria furiosa. — Acrescentou Letícia, tentando aliviar o clima.

— Imagina! Já bloqueei e apaguei ele faz tempo. — Garantiu Beatriz.

Letícia pareceu satisfeita e já ia se sentar quando a porta do quarto se abriu de repente.

Ela virou a cabeça. Ao ver quem entrava, levantou-se num pulo, desconfortável.

Era o Sr. Henrique. Será que tinha ouvido o que ela acabara de dizer?

— Fiquei sabendo que você está se recuperando bem. Pensei em passar aqui à tarde pra ver como estava. — Disse ele, sorrindo para Beatriz.

— Obrigada por ter vindo especialmente. — Respondeu Beatriz, tentando se levantar.

— Pode ficar deitada. Você ainda é paciente. Não precisa de tanta formalidade comigo. — Disse Henrique com naturalidade.

Letícia cedeu a cadeira, e o mordomo o ajudou a se sentar.

— Vim sozinho. Sei que você não quer ver aquele canalha, por isso não deixei que ele viesse comigo. — Comentou Henrique.

Beatriz o encarou. Durante os dois anos que vivera com a família Pereira, Henrique sempre a tratara com sinceridade. Ela também nutria respeito por ele.

Ontem, quando despertara, ele já tinha vindo uma vez. E hoje estava ali de novo. Beatriz realmente se sentia lisonjeada.

— Naquela noite, se o Renato não tivesse percebido tudo antes e mandado seguranças para te proteger, e depois ele mesmo não tivesse dirigido para interceptar o assassino… Ainda bem que acertou vários tiros no sujeito, senão você teria corrido risco extremo. — Disse ele, carregado de emoção.

Beatriz o escutava atônita. Seus dedos se curvaram levemente.

— Até aquele meu neto inútil estava lá, mas vive numa cadeira de rodas… Não serve pra nada, dá no mesmo estar ou não estar. — Resmungou Henrique, com desprezo.

— Até pra mobilizar o hospital foi o Renato quem se mexeu. A família Pereira quase não ajudou. Na noite em que você se feriu, todos os médicos-chefes da Cidade A se revezaram para cuidar de você. Dezenas de pessoas entraram na fila pra doar sangue. Só assim conseguiram te arrancar das mãos da morte. — Continuou ele.

Beatriz pressionou os lábios. As pálpebras baixaram.

“Então era isso… Naquela noite, tanta gente me salvou. Não é de se estranhar que eu tenha despertado tão rápido, nem que esteja me recuperando tão bem. Tudo foi conquistado com dinheiro.

E quem colocou dinheiro e influência nisso tudo foi… Renato, meu irmão de sangue.”

Ela sempre soubera do poder da família Cardoso. Por isso, quando Vitória foi reconhecida de volta pela família, sentiu que, mais cedo ou mais tarde, estaria condenada à morte.

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