— Ah... Então o Sr. Renato é meu vizinho de quarto. Que coincidência, né? Hahaha... — Disse Letícia, tentando aliviar o clima.
Renato apenas murmurou um “sim”, sem se alongar, e passou o cartão para abrir a porta.
Letícia acompanhou com o olhar a figura dele, mas não conseguia parar de pensar:
“Se ele só chegou agora... Então de onde veio aquele barulho de porta que ouvi antes?”
Quando ele empurrou a porta para entrar, Letícia também deu um passo à frente. O gesto fez Renato deter o movimento de fechar a porta e olhar para trás.
— Hm, veja bem... Acho melhor eu esclarecer uma coisa. Na verdade, eu não fazia ideia de que você estava no quarto 3001. — Disse ela, meio atrapalhada, procurando justificar-se.
Renato não fechou a porta. Apenas a encarou e respondeu:
— Eu não pensei nada disso. Não precisa se explicar. Como você mesma disse, foi apenas uma coincidência.
Letícia assentiu rápido, quase aliviada. Mas, como não se mexia para ir embora, Renato, por educação, também não teve coragem de simplesmente fechar a porta na cara dela. Soltou a maçaneta e voltou a entrar.
Nesse instante, Letícia aproveitou para espiar o quarto dele. Chegou a se erguer na ponta dos pés, curiosa, mas não percebeu nada de estranho.
Renato, já dentro, pegou um copo sobre a mesa e tomou dois goles de água. Ao notar o movimento, Letícia se recompôs imediatamente, ficando ereta como se estivesse sendo pega em flagrante.
— Você tem mais alguma coisa para falar comigo? — Perguntou Renato, observando-a ainda parada na porta.
— Hm... Na verdade, não. — Respondeu Letícia, sem jeito.
“Deixa pra lá”, pensou ela.
Afinal, uma suíte de luxo dessas não teria como ter problemas de segurança. Ninguém que não fosse hóspede teria permissão para subir até ali.
Virou-se para sair, mas a lembrança daquele barulho tão nítido de porta batendo não a deixava em paz.
No fim, não resistiu: voltou atrás e, sem pedir licença, entrou direto no quarto de Renato.
— Não me entenda mal, tá? Eu sou uma pessoa justa, correta, transparente. Absolutamente nada do que você possa imaginar de errado. — Disse ela, sem sequer olhá-lo, enquanto avançava pelo quarto.
Falava em tom firme, como quem tenta se justificar, ao mesmo tempo em que espiava cada canto: o banheiro, atrás da porta, os móveis.
Renato observava sem compreender bem o que ela procurava, mas não a impediu.
— Nunca pensei nada disso. Eu sei que você é bem franca. — Respondeu ele.
Letícia não comentou. Abriu o armário: vazio.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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Eu não entendo: se eu quero pagar pra ler porque os capítulos tem que estar bloqueados???? Isso desestimula a leitura!!!! Desbloqueia por favor!!!!...
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Eu não entendo. Quero pagar pra ler e vcs não desbloqueiam!!!!...
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