Ficar ou correr? romance Capítulo 106

O telefone no meu bolso vibrou. Atendi a chamada e imediatamente ouvi alguém gritar: "Scarlett!”

Era Pedro. Presumi que ele estivesse fora da emergência.

"Sim!" Eu respondi. Ao perceber que falava ao telefone, Heitor se levantou e foi buscar algumas bebidas.

"O que você está fazendo?” Pude notar o seu mau humor.

"Estou comendo churrasco." Falei.

Ele respondeu com impaciência: "Comendo churrasco enquanto seu marido ainda está no hospital? Você é mesmo a melhor esposa do mundo."

Tentei me conter. "Já que você está forte o suficiente para ficar zangado comigo, acho que está bem."

'Se ele tinha energia para brigar comigo, seus ferimentos não eram tão graves, não é'

Heitor não demorou a voltar, trazendo duas garrafas e disse: "Tome, isso vai ajudar você a relaxar."

Sorri, para mostrar meu agradecimento.

"Quem é? Quem está com você?" Ele perguntou impacientemente.

"Sr. Fernandes da H&H." Fiquei um pouco irritada porque estava tendo dificuldade em falar com ele, e grelhar minha carne ao mesmo tempo. "Há mais algo mais que você queira saber? Se não, vou desligar.”

"Você ainda se lembra que tem um marido? Você deveria estar cuidando de mim!”, ele parecia zangado.

Foi aí que eu também fiquei com raiva. "Tenho certeza de que você tem pessoas para cuidar bem de você. Se não me engano, a Srta. Lopes está aí, certo? E se eu brigar com ela e você não puder fazer nada? Acho melhor ficar longe. Cuide-se! Até logo!"

Desliguei a chamada, coloquei meu telefone no silencioso e continuei a aproveitar o churrasco com Heitor. Levamos cerca de duas horas para comermos tudo, e saímos depois que Heitor pagou pelo jantar. Enquanto caminhávamos, ele avistou algumas barracas. "Você quer ir e dar uma olhada?”

Recusei a sua oferta porque não gostava de fazer compras. "Vamos para casa.”

Ele ergueu as sobrancelhas questionando em silêncio, mas acabou me levando de volta ao carro. Fiquei feliz por ele não ter bebido esta noite e ter podido me levar para casa.

Ao chegarmos à mansão, Heitor parou o carro na entrada e me olhou para mim. "Se um dia, Pedro e você decidirem seguir caminhos separados, eu posso cuidar de você e do bebê. Eu prometo."

Respondi com um sorriso irônico: "Obrigada, mas acho que isso nunca vai acontecer. Já é tarde. Você devia ir para casa."

Já que tínhamos ido no meu carro, deixei que ele o usasse para ir para casa. No momento em que entrei na mansão, dei de cara com a última pessoa que queria ver. Rebeca Lopes. Ela estava arrumando as roupas de Pedro na sala. Talvez a Sra. Espíndola estivesse ocupada com outra coisa. Nossos olhos se fixaram uma na outra, e ela imediatamente desviou o olhar, com o rosto inexpressivo. Ela ficou em silêncio e continuou arrumando as roupas. Peguei meu telefone e vi algumas chamadas perdidas. Eram todos do Pedro. Ignorei imediatamente as notificações e chamei a polícia.

"Olá, departamento de polícia. Como posso ajudar?"

"Boa noite, agente. Alguém acabou de invadir a minha propriedade, e eu quero prestar queixa. Por favor, envie a polícia para o Palace, zona D, Bloco 78.”

"Só um momento, por favor.”

Ao me ouvir prestar queixa, Rebeca olhou para mim sem acreditar. "O que você acha que está fazendo?”

Cruzei os braços e encostei-me a uma parede junto à entrada antes de dizer com indiferença: "Liguei para a polícia, é claro.”

Rebeca cerrou os punhos enquanto empalidecia. Uma fúria imponente brilhou em seus olhos enquanto ela rosnava: "Esta é a casa do Pedro, e ele decorou este lugar para mim. Eu me pergunto quem é a verdadeira 'invasora' aqui!”

Levantei as sobrancelhas e examinei a casa. "Tenho certeza de que você gosta de muitas coisas, Srta. Lopes. Isso significa que você pode reivindicar todas as coisas que você gosta? Você aprendeu isso na escola?”

Bem, Pedro tinha comprado aqueles vasos para ela.

Fui até os vasos, e olhei para eles com apreço. "Você gosta muito deles, não gosta?”

Sem hesitar, virei a prateleira, fazendo com que todos os vasos caíssem e se despedaçassem no chão.

"Eu vou te matar!” Vi fúria em seus olhos quando ela se lançou contra mim.

Após lidar com ela por dois anos, seus acessos de raiva não me surpreendiam mais. Com passos firmes, afastei-me, fazendo com que ela perdesse o equilíbrio e batesse no restante da prateleira.

Opa, mais alguns vasos se quebraram.

Senti pena dos vasos. “Ah, não. Quebrou as minhas coisas, Srta. Lopes. Acho que vai ter de me compensar agora.”

Ela estava tão louca de raiva que todo o seu corpo tremia. "Não se atreva a testar a minha paciência.”

De repente, a campainha tocou. Abri a porta e vi três jovens polícias à minha frente. "Boa noite. Recebemos uma reclamação sobre uma invasão de propriedade. O proprietário está por perto?”

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