Ficar ou correr? romance Capítulo 112

Na noite passada, fiquei porque não tinha outra escolha. Se eu ficasse de novo, acordaria com uma enxaqueca. Ele acenou para mim e comentou: "Suas sobras estavam uma delícia”

Minhas o quê?

Em seguida, entendi o que ele queria dizer, e olhei para ele. "Seu pervertido!”

Ele ergueu as sobrancelhas e exclamou inocentemente: "Espera... não! Eu quis dizer as sobras da sua comida!”

Quão infantil é esse cara?

Ignorando-o, me limpei e informei: "Bem, já estou indo!”

Ele agarrou meu pulso novamente. "Você vai mesmo me deixar sozinho aqui?”

"Você pode ligar para a sua doce Rebeca!”, disse com sarcasmo.

Ele franziu a testa e continuou: "Por que você está com tanta pressa para ir embora? Você me odeia tanto assim? Ou você está com pressa para se encontrar com alguém? Heitor? Ou é o Marcelo?"

Não estava no humor, então puxei minha mão. "Então quer dizer que você pode se encontrar com a sua amante, mas eu não posso ver meus amigos? Muita hipocrisia não acha?"

Pedro parecia estar ficando chateado, e meu mau humor piorou ao pensar em Rebeca. "Então, você pode fazer o que quiser com Rebeca, mas eu não posso conversar com os meus amigos? Os meus relacionamentos não são como os seus!"

"Sério! Uau, o sujo falando do mal lavado! Seus relacionamentos são muito mais complicados!" Ele falou com sarcasmo, e o clima no quarto ficou tenso. "Você quer que eu te mostre?"

Então, ele usou toda a sua força para me jogar sobre seu ombro. Puxando a agulha, ele me virou e me pressionou com seu corpo.

"Pedro, me solta!”, gritei.

"Soltar você? Você me provocou de propósito, querendo que eu fizesse isso, certo? Por que está reclamando agora?", ele disse alterado.

"Pedro, basta dizer que você quer a criança. Não há necessidade de fazer mal ao bebê desta forma.” Naquele momento, eu sabia que era inútil luta, então tentei me acalmar.

Ele parou ao me ouvir dizer aquilo. Com um olhar sombrio, ele suspirou: "Scarlett, o que você quer que eu faça?”

Fiquei em silêncio enquanto meu coração se apertava.

Quando é que acabaria esta tortura?

"Para começar, você pode sair de mim!” Problemas como aqueles não poderiam ser explicados ou resolvidos em apenas alguns dias.

"Acho que não!", ele insistiu.

Então, ele aproximou os lábios dos meus, fazendo meu rosto ficar vermelho. "Pedro, estamos no hospital! Controle-se, está bem?”, eu exclamei.

"Eu sei disso, mas você está pronta?" Ele sorriu maliciosamente.

"Não!", rejeitei sua aproximação, pois não queria ultrapassar meus limites.

Beijando a minha testa, ele me puxou para um abraço. Naquele momento, eu queria tanto fugir. Depois de algum tempo, ele ainda me abraçava, e eu comecei a ficar inquieta. "

Já terminou?", perguntei.

"Só mais um pouco", disse ele baixinho.

'Eu..

Finalmente, ele me soltou e rolou para deitar-se de costas.

Não queria mais ficar ali, por isso levantei-me, arrumei a roupa e saí da enfermaria. Coincidentemente, dei de cara com Rebeca no corredor. Que sorte a minha, meu rosto ainda estava corado. Pela sua expressão irritada, pude constatar que ela testemunhou a nossa interação ainda a pouco.

"Scarlett, sua vagabunda!"

"Sim, mas você não é melhor do que eu. Você estava nos espiando!" Cerrei os dentes e continuei: "Você pode entrar agora. Talvez ele te puxe para a cama dele também. Afinal, ele está cheio de energia."

Afastei-me para dar lugar a ela, mas ela foi embora. Como ainda tinha um pouco do suor do Pedro nas mãos, fui até o banheiro para me lavar. Quando saí, o sol já se tinha posto e o céu já estava escuro.

Marcelo estava me incomodando muito ultimamente. No momento em que vi seu carro parado na mansão, dei meia volta e fui para o apart-hotel. Ele parou o carro à minha frente, bloqueando intencionalmente o meu caminho. "Não precisa se esconder, Scarlett. Sempre vou encontrar você."

Em seguida, ele saiu do carro, e caminhou lentamente até mim, e se apoiou na minha janela. Isso mesmo - não havia onde me esconder.

"O que você quer?” Perguntei-lhe quando desci do carro.

"Vamos embora daqui Letti! Senti tanto a sua falta!"

"Aposto que estava pensando em como me torturar", zombei.

Naquele momento, ele fechou os olhos por alguns minutos e ponderou por um tempo antes de dizer: "Você está infeliz com o Pedro, não está?” Ele tinha razão.

"Não, somos muito felizes juntos!” balancei a cabeça e esclareci.

"E quanto tempo você acha que isso vai durar? Afinal, você o roubou da filha do Fábio", ele sorriu.

Não queria responder as suas perguntas sem sentido, então exclamei: "Você veio até aqui só para me fazer perguntas tão tolas?”

Em seguida, ele parou de enrolação e foi direto ao ponto. "Venha para Passo Largo comigo. Comprei a casa da nossa família e renovei, está exatamente como antes, do jeito que você gostava."

"Voltar para uma vida infeliz com você?"

Ao ouvir minhas palavras, ele ficou sério e franziu as sobrancelhas.

"Letti, nunca quis magoar você.”

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