Ficar ou correr? romance Capítulo 118

Balancei a cabeça e me recostei no banco. "Qualquer coisa serve.”

Não tinha feito nada, mas estava estranhamente exausta. Percebendo meu cansaço, ele ajustou o cinto de segurança para mim e continuou: "Vamos para casa então. Você deve descansar depois que comermos."

Assentindo, fechei os olhos, prestes a cochilar. Nos dias seguintes, continuei a me sentir cansada. Estava grávida de apenas quatro meses, e meu estômago não era necessariamente tão grande, então eu ainda podia trabalhar. A auditoria estava concluída, e me sentia aliviada.

Devido ao incidente com a AC, Sarah veio conversar comigo, trazendo uma carta de demissão. No entanto, não aceitei, e pedi que tirasse alguns dias de folga. No fim de semana, marquei uma reunião com Armando, na esperança de saber mais sobre a fábrica no Distrito Sul. Não seria apropriado que eu relatasse isso à empresa-especialmente porque ele era amigo de Pedro. Por esse motivo, decidi falar com ele a sós primeiro.

Uma música calma tocava na cafeteria, tornando a atmosfera do lugar leve. Ao fazer o seu pedido, Armando olhou para mim impaciente.

"Sobre o que você queria falar?”

"Você me odeia por conta da Rebeca, ou é por outro motivo?” Perguntei, tentando iniciar uma conversa com ele.

Ele foi pego de surpresa antes de soltar uma risada. "É sobre isso que você queria falar comigo?”

Balançando a cabeça, neguei: "Não," murmurei cansada "estava apenas perguntando.”

"Todos têm de seguir em frente. Pedro e eu já estamos casados. Você gosta da Rebeca, por que não confessa seu amor por ela?"

"Já terminou?" Sua expressão era sombria. "Scarlett, quem você pensa que é? Você se acha muito poderosa? Acha que as coisas vão acontecer só por que você quer?"

Abaixei o olhar, calando-me. A persuasão não era um dos meus pontos fortes, então mudei de assunto. "Tudo bem, esquece. Vamos falar sobre a fábrica que interrompeu a produção no Distrito Sul.”

Tenso, seu olhar pousou em mim por um longo tempo antes de dizer: "Estou surpreso que você tenha descoberto tudo.”

"Eu quero saber por que você fez isso.” Aquilo azia parte do meu trabalho, por isso não me preocupei em ser cortês.

"Por que você não pergunta para o Pedro? Por que você está perguntando para mim primeiro?”

Abaixando o olhar, respondi: "Você era o responsável pela HiTech no passado. A fábrica no Distrito Sul ficou paralisada durante seis meses. Embora não saiba como conseguiu os fundos esse tempo, não creio que tenha más intenções. Acho que você simplesmente não conseguiu lidar com isso sozinho. Além disso, é amigo do Pedro. Espero que não haja brigas desnecessárias entre vocês dois.”

"Ha", ele riu com desdém. "Scarlett, você é bem ingênua, não é?"

Ele olhou para mim, inclinando a cabeça, "Você pode falar com o Pedro sobre a HiTech. Ele sabe o que deve fazer. No entanto", ele parou para rir antes de dizer, "Embora eu a odeie de certa forma, admiro seu trabalho. Não é uma má parceira de negócios para se ter, mas isso não significa que não seja uma pessoa desprezível.”

Sabendo que ele sempre era maldoso, não levei a sério as suas palavras. Contanto que tivesse dito tudo o que tinha a dizer, não havia nada mais para ser tratado. Por isso, despedi-me dele.

No momento em que saí do café, Márcia me ligou aparentemente chateada. Ela me pediu para ir até o hospital. Ao chegar lá, estacionei meu carro. Foi então que a encontrei no primeiro andar do hospital, desamparada e atordoada. Ela tinha um envelope na mão, que puxei da sua mão o mais rápido que pude. Eram os resultados de um exame de sangue e um ultrassom. Fiquei embasbacada quando percebi o que estava escrito no laudo.

"Oito semanas? Quem é o pai?"

Embora eu soubesse que ela às vezes... No entanto, ela sempre se certificou de usar proteção. Como pode ela estar grávida?

Ela abaixou a cabeça nas mãos e puxou o cabelo impotente. "Quando você viajou a trabalho para Antares."

Depois de relembrar minha viagem, olhei para ela e perguntei: "Na noite em que você ficou bêbada?” Naquela noite, não conseguir buscá-la, então pedi ajuda a João. Ele era um homem respeitoso e disciplinado, que não era do tipo mulherengo.

"É do João?"

Ela ficou em silêncio, aparentemente não planejando me dizer a verdade. Pouco tempo depois, ela levantou a cabeça e disse: "Estou planejando vender meu apartamento. Vou me mudar para São Vicente."

Assenti. "Tudo bem. Tenho algum dinheiro guardado. Independentemente da sua escolha, respeitarei a sua decisão.”

Parecia que ela estava planejando ter o bebê. Eu a conhecia muito bem. Éramos almas solitárias, por isso amávamos muito os anjos enviados a nós por Deus. Ouvindo minhas palavras, um pouco da escuridão em seu rosto se dissipou. Ela me puxou para sentar ao seu lado e se inclinou para mim. "Letti, não vamos mais ficar sozinhas.”

Ela estava certa. Com nossos anjos, não estaríamos mais sozinhas. Depois de lhe fazer companhia, deixei ela em casa antes de voltar para o escritório. Não tinha nada para fazer lá, mas João passava a maioria dos fins de semana no escritório. Bati na porta, e depois de algum tempo, ele abriu a porta, parecendo cansado.

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