Ficar ou correr? romance Capítulo 120

Intrigado, Pedro observou:

"Você parece estar muito interessada na vida dele.”

Inconscientemente acenei com a cabeça, mas quando notei sua expressão, rapidamente ri.

"Na verdade, não. De repente, lembrei-me daquela noite, e fiquei curiosa. Nada além disso."

Abaixando o olhar, ele ficou quieto. Ao perceber que eu não tinha muito apetite, parou de comer também. Levando-me para fora do restaurante, fomos para o shopping. Quando íamos às compras, tive a impressão que Pedro estava prestes a levar o shopping inteiro.

Apesar de estar fazendo as compras com ele, sentia que estava lá apenas para dar um apoio moral. Desta vez, ele estava comprando coisas para o bebê, por isso não comentei sobre a quantidade de coisas que comprava. Afinal de contas, tudo o que estava comprando, eventualmente, seria usado. Após darmos uma volta no shopping, decidimos ir para casa. Exausta, adormeci assim que entrei no carro. Dormi durante todo o caminho para casa e acordei em seus braços.

"Chegamos."

Murmurei algo em resposta enquanto ele me carregava escada acima. Colocando-me na cama gentilmente, ele foi tomar banho. Por ter dormido brevemente no carro, não consegui voltar a dormir, e comecei a olhar para o teto.

Quando Pedro saiu do banheiro, se secou antes de se deitar ao meu lado. Com seu braço em minha cintura, me puxou para um abraço. Enquanto olhávamos um para o outro, me perdi em seus olhos. Com as sobrancelhas franzidas, ele afastou o cabelo do meu rosto.

"Você quer tomar um banho?", ele perguntou em voz baixa.

"Não estou com vontade de sair da cama." Virei para o lado me ajeitando, sentindo um incômodo na barriga. E em alguns minutos a dor piorou. Ao me sentar, contraí meu rosto de dor.

"O que foi?" Ele colocou a mão no meu estômago e perguntou preocupado: "Está com dor?”

"Sim." Não sabia o que estava acontecendo, mas recentemente sentia pequenas dores. Os exames não apontavam nenhum problema.

Devido à dor, acabei perdendo o sono de vez. Então, estendi a mão para pegar meu telefone e verificar a hora. Eram apenas onze da noite. Ao levantar-me da cama, disse:

"Pode ir dormir. Vou ficar um pouco na sala."

Não queria perturbar seu sono, enquanto me remexia na cama. Contudo, ele me abraçou e me impediu de sair.

"Não vá. Deite-se aqui comigo. Em breve você vai dormir."

"Tudo bem."

O quarto ficou quieto novamente, e ele ajustou a luz. Respirando devagar, fechei os olhos e tentei dormir.

"Ainda dói?", ele perguntou.

Como estávamos em silêncio, sua voz ressoou pelo quarto. Acenei com a cabeça e me contorci.

"Vamos ao hospital amanhã." Enquanto falava, me abraçou novamente.

Eu balancei a cabeça e murmurei:

"Nós acabamos de ir lá.” Não queria voltar para o hospital. Depois de um momento de silêncio, quando pensei que ele tinha adormecido, ele murmurou:

"Você está quatro meses, certo?”

“Sim, faltam mais cinco meses." Comecei a sentir-me sonolenta, por isso não respondi. Quando fechei os olhos, logo adormeci.

Felizmente, o meu sono durou até de manhã. Acordei e, depois de me virar um pouco, me apoiei em Pedro, ele me perguntou com uma voz rouca:

"Você está acordada? Como dormiu?"

"Dormi bem." Murmurei acenando com a cabeça. Virei-me para olhar para o seu rosto bonito, e enterrei-me nos seus braços. "Você não vai ao escritório hoje?”

Ele devia estar cheio de coisas para fazer.

"Vou ficar em casa para lhe fazer companhia", respondeu enquanto me abraçava com força. Com um pequeno sorriso, continuou: "Estou planejando deixar Armando responsável pela empresa, e solicitar uma licença maternidade.”

"Então, isso significa que você vai dar à luz o bebê?” Disse dando uma gargalhada.

Ele acariciou a minha barriga. A cada dia que passava, podia sentir o bebê crescendo em mim.

"Acho que não posso.” Ele me beijou de leve nos lábios e perguntou: "Está com fome?”

"Não." Tinha acabado de acordar, ainda não conseguia comer.

Agora que estava totalmente acordada, não conseguiria voltar a dormir. Ainda estava deitada na cama com um cobertor enrolado em volta de mim. Por algum motivo, sempre sentia frio, apesar de estarmos no verão. Virando de novo, inclinei-me para mais perto de Pedro, tocando acidentalmente a parte de baixo do seu corpo.

Ele suspirou baixinho antes de olhar para mim.

"Sua mão está melhor agora?”

Enrijeci e balancei a cabeça antes de recuar. Mas, ele me segurou ali.

"Tenho que suportar isso por mais seis meses.”

Hum.

Quando ele agarrou minha mão, eu sabia o que estava tentando fazer. Mordendo meu lábio inferior, murmurei:

"Não é bom para o bebê.”

"Quem disse isso?", ele riu enquanto pressionava minha mão nas suas calças.

"Dr. Cruz!" Bufei. Era verdade que o médico disse que isso afetaria o bebê, já que eu estava com quatro meses de gravidez.

Usando minha mão para se satisfazer, ele ofegou:

"Esse médico não sabe de nada."

Ele continuou por uma hora. Àquela altura, não conseguia mais ficar deitada e me levantei. Enquanto isso, Pedro se levantou, pegou uma troca de roupa e foi tomar banho. Quando saí do banheiro, desci as escadas. Sra. Espíndola esteve ocupada recentemente, por conta do reaparecimento do seu neto. Como ela estava ocupada cuidando de sua nora após ela ter o bebê, não podia vir tão frequentemente quanto costumava fazer.

Pedro queria contratar outra pessoa, mas eu discordei. Em primeiro lugar, seria uma estranha, e não me sentiria confortável. E em segundo lugar, demoraria apenas um mês até Sra. Espíndola voltar. Eu estava apenas no quarto mês de gestação, então queria nos poupar qualquer dor de cabeça.

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