Ficar ou correr? romance Capítulo 146

A atmosfera sensual nos deixou febris. Ele agarrou minha cintura com força, falando de forma sedutora: "Concentre-se em mim." Quando me dei conta, Pedro estava me levando para a cama. Por cima de mim, ele mandou: “Tire a roupa."

Percebendo para onde ele olhava, fiquei sem palavras. Coloquei as mãos sobre a barriga e olhei para ele nervosa. “O médico disse que não podemos! Vai machucar o bebê."

'Eu não vou ceder!

Ao ouvir minhas palavras, ele pareceu se irritar.

"E daí? Você quer que eu desista assim?" Ele sussurrou, seu tom perigoso.

Assenti.

“Foi o que o médico disse. Não faça isso a menos que você não queira mais o bebê.”

Enquanto ele franzia os lábios em silêncio, meu telefone tocou de repente. Empurrando-o, peguei meu celular. Era Marcelo. Nervosa, olhei para Pedro. Ele parecia estar bastante descontente ao ver o nome exibido na tela do meu telefone. Levantei-me, querendo atender a chamada na varanda.

No entanto, ele me segurou pelos ombros.

"Atenda aqui!" Ele mandou, antes de pressionar o botão do viva-voz.

Fechei a cara. "Pedro, você está invadindo minha privacidade!"

Em resposta, ele zombou e disse: “Somos um casal. Tudo deve ser compartilhado entre nós.”

"Que cafajeste!" Ao atender o telefone, minha única alternativa era orar e esperar que Marcelo fosse direto e não falasse nenhuma bobagem. Heitor já causou problemas suficientes... Então, se Marcelo fizer o mesmo, Pedro vai me esfolar. "Olá, Sr. Machado. Posso saber por que está me ligando?" Pronto, isso deve soar bastante formal. Olhei para Pedro. Sua expressão era menos desagradável, como eu esperava. Marcelo parecia cansado. A julgar pelo barulho vindo do seu teclado, calculei que ele ainda deveria estar no trabalho.

"Letti, venha jantar comigo esta noite." Ele parecia estar me informando em vez de me perguntar.

“Não tenho tempo. Se isso é tudo, vou desligar então.", respondi com o cenho franzido.

Antes que eu pudesse desligar, Marcelo falou de repente:

"Você não vai falar comigo sobre Leonardo?"

Eu quase pulei. Sentindo Pedro me fuzilar com os olhos, todos os músculos do meu corpo ficaram tensos.

“Você não deveria se importar se estou ou não vivendo uma vida feliz! Por que você é tão intrometido? Tchau!", falei com a voz trêmula. Sem pensar duas vezes, desliguei o telefone antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa. Suas palavras foram um gatilho para mim, e não consegui controlar minha raiva. Por outro lado, Pedro me olhava atentamente, como se estivesse tentando me interrogar com os olhos. Nossa. Marcelo merece um prêmio pela total falta de tato. Ele sabe exatamente quais são as minhas feridas, e sabe muito bem como me provocar!

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