Ficar ou correr? romance Capítulo 168

Ele sorriu e afirmou:

“Um conhecimento 'não tão relevante assim', não te permite detectar um acesso hostil no sistema apenas com um olhar." Queria me defender, mas ele se adiantou e perguntou depois que colocou os acordos de lado: “Você está com fome?”

"Sim!"

“O que quer comer? Vou fazer algo para você!" Ele se ofereceu para preparar uma comida para mim e, em seguida, levantou-se e desligou o computador.

Eu não estava com vontade de comer nada em particular. Então, disse a ele que qualquer coisa serviria. Descemos as escadas, mas foi ele quem entrou na cozinha, enquanto eu me sentei no sofá na sala. Passei a me questionar sobre os objetivos dos hackers responsáveis pelo incidente. Apenas algumas pessoas conseguiriam acessar o sistema de outra empresa sem serem expostos.

Não conseguia entender a intenção por trás disso, no entanto, o único nome que passou pela minha cabeça foi o de Marcelo. Ele era um prodígio no campo da tecnologia da informação, mas nem todo mundo sabia disso. De repente, Pedro me chamou e pediu que eu fosse até ele.

"Ei! O que está te incomodando de novo? A comida está pronta. Venha, junte-se a mim."

Ignorei meus pensamentos e entrei na sala de jantar. Pensei que ele apenas faria alguns pratos simples, que poderíamos comer facilmente, contudo, fui pega de surpresa pelo banquete que ele havia preparado para nós. Como era tarde da noite, não esperava que ele preparasse uma refeição daquela proporção. Entregando os talheres para mim, ele serviu a comida rapidamente, enquanto dizia:

"Você deveria comer mais rápido. A Sra. Espíndola passará para fazer o nosso café da manhã logo cedo. Vamos comer antes de irmos até o cemitério.”

Se ele não tivesse falado, teria me esquecido do itinerário que sugeri algumas horas atrás. Eu balancei a cabeça e afirmei:

“Tudo bem!"

Comi um pouco da comida que ele preparou, mas não demorou muito até que eu perdesse o apetite.

"O que foi? Você não gosta da comida?” Ele perguntou com um olhar mal-humorado no momento em que parei de comer.

"Não, só não estou mais com fome..." rebati balançando a cabeça.

Ele parou de insistir que eu terminasse a refeição, já que eu parecia estar no meu limite. Quando terminamos de comer, voltamos para o quarto.

Por ter dormido muito, não estava mais com sono. Quando Pedro saiu do banho, viu que eu estava deitada na cama e olhando para o teto, acordada. Olhando para sua expressão de desaprovação, tinha certeza que ele estava irritado novamente. Alguns segundos depois, ele me disse:

“Você vai ter que seguir uma rotina normal nos próximos dias. Além de um cochilo à tarde, você não tem permissão para dormir mais do que isso."

Fiquei emburrada e acenei para ele pegar seu telefone.

"Rebeca ligou mais cedo. Eu acho que ela tem algo urgente para lhe dizer." Depois disso, me cobri e fechei os olhos na tentativa de me acalmar para dormir.

Ele riu, deixando o telefone de lado, então se deitou ao meu lado depois de secar o cabelo. Pedro colocou a cabeça na minha barriga tentando sentir o nosso bebê mexer. Ele não se mexia muito já que estava no sexto mês de gestação. Apesar disso, ele insistia em passar um tempo com nosso filho. Fiquei irritada e agarrei sua camisa, dizendo:

Por mais que eu tentasse, não conseguia dormir devido ao cochilo prolongado. Fiquei com receio de mexer no meu telefone e acabar prejudicando o sono dele. Eventualmente, comecei a pensar em todo tipo de coisa. O que mais eu posso fazer no meio da noite? Pessoas que sofriam de insônia costumavam ficar acordadas repensando eventos de suas vidas. Ou, então, começariam a pensar nos alimentos que estavam com vontade de comer. Evidentemente, eu fazia parte desse último grupo.

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