Ficar ou correr? romance Capítulo 173

“Você deve pedir a alguém para vir aqui e cuidar de você. Está ficando tarde. Preciso voltar para casa em breve." Disse, sem prestar atenção ao seu pedido. Já havia escurecido, e eu realmente tinha que voltar para Pedro logo. Para ser franca, não sabia o que aconteceria quando chegasse em casa.

O sorriso no rosto de Marcelo desapareceu quase que instantaneamente. Ele respondeu com petulância:

“Você acha que eu confio em mais alguém além de você? Já que você tem outra coisa para fazer, sinta-se livre para ir embora!”

Fiquei sem palavras devido à sua resposta. Ele se comportava como se fosse desistir de si mesmo novamente. Franzindo a testa, ofereci:

"Vou conseguir um cuidador para ficar de olho em você."

"Scarlett!" Está guardando rancor de mim? Você me quer morto? Você vai me abandonar também?"

"Não!" Sinceramente, ele nunca fez nada de ruim para mim, mas não conseguia esquecer as coisas que ele havia feito.

“Você percebe que é a única pessoa em quem posso confiar, não é? Nos últimos cinco anos, resisti ao desejo de me aproximar de você porque não queria atrapalhar e arruinar sua vida feliz. Pensei que conseguiria passar pelos momentos mais sombrios da minha vida sozinho, mas eu estava errado, não esperava encontrar você em Antares.” Ele acrescentou ainda irritado. Ele abaixou a cabeça, olhando para a mão ferida, com um ar melancólico. “Desde a última vez que nos vimos, percebi que não quero mais ficar longe de você! Podemos ser como antes? Vamos fazer companhia um ao outro pelo resto de nossas vidas! O que acha?"

Não consegui respondê-lo, pois sabia sobre a sua infância terrível, e como ele passou a vida inteira procurando um lugar para chamar de lar.

“Marcelo, eu me casei com outra pessoa e agora tenho a minha própria família. Não me importo em você fazer parte da minha vida, mas você deve saber o seu lugar e não passar dos limites.

“O que há de tão bom nele? Ele é um homem cruel e violento! Ele nem te ama! Por que você quer passar o resto da sua vida com um sujeito assim?”

“Você deve cuidar bem de si mesmo por enquanto. Vou contratar um cuidador para ficar com você." Precisávamos parar. Caso contrário, ele ficaria furioso de novo. Antes que ele pudesse me parar novamente, corri para fora da enfermaria e fui até o posto de enfermagem e pedi que cuidassem dele. Não tive outra escolha a não ser chamar um táxi de volta para a mansão, uma vez que usei o carro do Marcelo para levá-lo ao hospital. Quando cheguei em casa, fiquei em pé, parada, em frente à entrada por algum tempo. Para ser honesta, estava ansiosa e não sabia se conseguiria encarar Pedro. No entanto, era apenas uma questão de tempo até que eu tivesse que ficar cara a cara com ele.

Ao entrar, notei que a sala de estar estava quase escura, não fosse pela fraca luz que vinha da cozinha. Suspeitei que Sra. Espíndola estivesse ali, já que ela sempre gostou de assar bolos e cozinhar no seu tempo livre. Talvez ela estivesse experimentando várias novas receitas que encontradas na internet. Depois que coloquei meus chinelos, entrei na sala de estar, tão logo percebi que não havia ninguém por perto. Suspirei aliviada enquanto caminhava em direção à cozinha. A Sra. Espíndola arregalou os olhos, revelando a sua surpresa ao me ver.

"Santo Deus! Letti! Pode fazer algum barulho na próxima vez que se aproximar de mim? Você acabou de me dar um susto daqueles!” Ela deu um tapinha no peito para se confortar enquanto perguntava: "Você acabou de chegar? Está com fome? Venha ver o que preparei para você!” Não demorou muito para que ela voltasse ao seu eu habitual, alegre e sorridente, e me mostrou o que havia preparado.

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