Ficar ou correr? romance Capítulo 186

Evitei olhar para sua expressão sombria enquanto falava:

“Eu sei. Se não fosse por esse bebê, já teríamos nos divorciado. Afinal, não há amor entre nós!” Levantando os olhos para encará-lo, senti uma estranha calma tomar conta de mim. "Eu não vou me agarrar a você. Assim que o bebê nascer, irei embora. Eu já assinei os papéis do divórcio.”

Ele soltou uma risada incrédula, completamente furioso.

"Então é por isso que você fugiu sem seu telefone ou sua carteira hoje?" A raiva dava um aspecto contorcido ao seu rosto sério. “Scarlett, você acha mesmo que tudo o que eu faço gira em torno de você? Que minha responsabilidade neste casamento é estar constantemente ao seu lado a cada segundo do dia? O que aconteceu com Rebeca está no passado. Eu já disse que nunca gostei dela, muito menos a amava. Tudo o que eu fiz naquela época, cuidar dela e vigiá-la, foi tudo por causa do último pedido do Paulo. Está entendendo?" Quando fiquei quieta, ele acrescentou em um tom exasperado: “Você já está grávida de sete meses. Como você pode simplesmente sair sem levar nada com você? Você mal conhece esta cidade, está aqui a menos de dois dias! Pensou em mim ou no bebê? E se algo tivesse acontecido? Você seria capaz de viver consigo mesma?"

Uma leve risada me escapou. "Você nunca a amou?" Eu olhei bem nos olhos dele, com raiva: "Se você nunca a amou, por que você dormiu com ela? Por que a engravidou? Você arriscou sua vida várias vezes por ela! Pedro de Carvalho, se isso não se chama amor, então o amor não existe mais."

Como ele era veementemente contra dormirmos separados, não queria mais dormir. Eu me levantei e estava prestes a sair do quarto. Ele foi rápido em me parar. "Onde está indo?"

"Não é da sua conta!" Eu o empurrei para o lado e saí correndo, a fúria fervendo dentro de mim.

Eu o ouvi vir atrás de mim, então corri mais rápido. Quando desci as escadas, ele rosnou: "Devagar!"

Ao chegar ao primeiro andar, vi Maria e vários seguranças bloqueando a porta da frente. Pedro acelerou e agarrou minha mão. “Esta é Nova Itália. Para onde vai?"

"Morrer!" Disse entre dentes. Estava tão brava que nem conseguia pensar direito.

Ele riu, irritado e frustrado. “Scarlett, você é realmente a personificação de todas as falhas que uma mulher poderia ter. Pare com essa bobagem e volte para o quarto. Você precisa descansar!"

Como se eu estivesse com vontade de dormir agora!

Empurrando-o para o lado, gritei:

“De que falhas você está falando? Ser irracional? Ser ressentida e mesquinha? Incapaz de distinguir o certo do errado?" Quando ele permaneceu em silêncio, eu declarei: “Bem, essa sou eu! Já que você ama tanto a Rebeca, pode ir atrás dela! Não precisa ficar aqui e apontar minhas falhas!”

“Você já terminou?” Perguntei com um tom de voz neutro.

Alguns segundos se passaram. Justamente quando pensei que ele estava realmente dormindo e estava prestes a sair, ele disse com sua voz profunda:

"Você não está conseguindo dormir?"

Parei antes de morder o lábio e assentir. "Sim."

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O escritório foi envolvido por uma luz amarela quando o abajur foi aceso. Ele se sentou na cama e olhou para mim.

"Vem cá."