Ficar ou correr? romance Capítulo 188

Sem escolha, Maria me ajudou a cuidar da papelada para a alta.

"Sra. de Carvalho, mesmo que o médico tenha concordado em te dar alta, ele me pediu para lembrá-la para ter cuidado! Você precisa descansar!" Maria falou enquanto arrumava minhas coisas. “Veja o quanto sua barriga cresceu! O bebê deve nascer em breve. Se não fosse a sua vontade continuar aqui por mais tempo, eu teria recomendado que ficasse aqui. Afinal, é muito mais seguro!”

Fiquei em silêncio enquanto a ouvia reclamar sem entusiasmo. Minha cabeça estava cheia, pensando em Pedro. Eu me perguntei por que ele não estava atendendo o telefone e preocupada se algo tinha acontecido na Corporação Carvalho. As coisas não pareciam estar indo tão bem para a empresa como esperado. Afinal, não foi uma tarefa fácil estabelecer uma posição aqui em Nova Itália.

Ele tem saído cedo e voltado tarde nesses últimos dias. É uma pena que não há nada que eu possa fazer para ajudá-lo na minha condição atual.

Maria mandou o guarda-costas na frente com minhas coisas enquanto ela ficou para me ajudar. “Lembre-se de tomar seu remédio quando voltar para casa!” Assenti para mostrar que a ouvi. Enquanto esperávamos pelo elevador, o telefone dela tocou. Ela atendeu, me dando um alívio muito necessário com sua conversa. As portas do elevador se abriram para revelá-lo cheio de pessoas. Estava prestes a entrar quando Maria me parou enquanto falava ao telefone. "Sra. de Carvalho, vamos esperar pelo próximo elevador. Não é seguro se espremer com tantas pessoas.”

Dei uma segunda olhada no elevador e tive que concordar com ela. Assim, esperamos pelo próximo. Maria terminou sua ligação assim que o elevador chegou. Segurando meu braço para me estabilizar, ela relatou:

“O Sr. de Carvalho diz que você não deveria estar com tanta pressa para deixar o hospital. Ele acha que é mais seguro se você ficar mais alguns dias para uma observação mais aprofundada.”

Balancei a cabeça rejeitando suas palavras. "Era ele agora?"

Ela assentiu. “Ele tentou ligar para a senhora, mas ninguém atendeu. Acho que a senhora deve ter deixado em casa."

Murmurei em reconhecimento, mas não disse mais nada quando entramos no elevador. A entrada estava cheia de gente. Preocupada com a possibilidade de alguém esbarrar em mim, Maria se aproximou e lamentou:

“Os hospitais aqui não são nada parecidos com os da Cidade de Augusta. Tem muita gente aqui! Se não formos cuidadosas, alguém pode nos derrubar!"

Olhei para as enfermeiras de aparência desgastada que ocupavam as várias estações antes de assentir em concordância. Todos os hospitais privados em Nova Itália tinham um monte de gente vindo todos os dias, que dirá os hospitais do governo.

“Ei, não é a Srta. Leão? Por que ela está aqui?" Maria estava olhando na direção do laboratório.

Seguindo seu olhar, vi Rebeca tendo seu sangue colhido. Eu enrijeci surpresa. O que aconteceu com ela? Por que ela estava tirando o sangue?

"Sra. de Carvalho, vou até lá e dizer olá para a Sra. Leão." Em seguida, Maria me levou até uma cadeira próxima antes de ir até Rebeca.

No começo, não registrei que a Srta. Leão, de quem ela falava, era Rebeca. Então, me lembrei que ela havia mudado de nome depois de ser aceita pela família Leão.

Mas como Maria a conhece? Para não dizer que elas pareciam se conhecer muito bem.

As duas eram só sorrisos enquanto conversavam. Quando Rebeca foi liberada, ela apertou uma bola de algodão no local onde a agulha havia perfurado. Então ela olhou para mim. Ela disse algo para Maria antes de virem em minha direção.

"Scarlett, há quanto tempo!" Um sorriso presunçoso percorreu seus lábios. Não fazia ideia do porquê, de repente, ela estava se sentindo tão superior.

Mal acenando a cabeça, concentrei minha atenção em Maria. "Está ficando tarde, então devemos ir."

Maria parecia completamente alheia ao meu tom impaciente. Ela abriu um sorriso:

"Você conhece a Sra. de Carvalho, Srta. Leão? Que coincidência!"

"Rebeca Lopes, por favor, dirija-se ao guichê quatro para obter seus resultados de ultrassom." Os alto-falantes estalaram com um anúncio do departamento de radiologia.

Rebeca olhou para Maria com um sorriso. “Maria, você poderia me ajudar a pegar o meu exame? Não vejo Scarlett há muito tempo e gostaria de falar com ela!”

Maria sorriu para nós e respondeu: "Claro, sem problemas!" Com isso, ela foi buscar os resultados do ultrassom de Rebeca. Como não tinha muito o que dizer a ela, apenas olhei para ela com frieza, antes de ignorá-la completamente. Ela não parecia se importar com minha a minha indiferença. Sentando-se ao meu lado, seu olhar pousou na minha barriga. Seu sorriso se alargou.

“A julgar pelo tamanho, você deve dar à luz em breve, certo? Acho que isso significa que o Pê não vai levar você para a minha festa de aniversário.”

Festa de aniversário?

"Apenas me diga o que é que você quer!" Falei com rispidez e com uma certa frieza na voz. A gente não se bicava. O que quer que ela quisesse dizer com certeza era relacionado ao Pedro. Minha resposta fez com que ela franzisse a testa. No entanto, ela não ficou com raiva. Em vez disso, ela sorriu e falou devagar:

"Qual é a pressa? Tecnicamente, podemos ser consideradas velhas amigas. Não é muito gentil da sua parte sentir tanta repulsa por mim. Quem sabe, nossos filhos podem acabar tendo que se chamar de irmãos no futuro!”

“O que você quer dizer com isso, Rebeca? Que irmãos?"

Ela apenas riu, e não disse mais nada. Naquele momento, Maria apareceu com uma expressão encantada no rosto. Ela entregou os resultados do ultrassom para Rebeca.

"Não faz muito tempo que ouvi dizer que estava noiva, Srta. Leão, mas já está grávida! Parabéns!"

Ela está grávida?

Rebeca pegou os resultados, sua expressão feliz e alegre. Agradecendo a Maria, ela se virou para olhar para mim.

“Vamos colocar o papo em dia uma outra hora, hein? Ainda preciso contar ao meu noivo a boa notícia!”

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Ficar ou correr?