Ficar ou correr? romance Capítulo 234

Eu sorri suavemente. "Obrigada por me visitarem, mesmo a esta hora, pessoal."

Rebeca olhou para mim e se ajoelhou para ver como Pedro estava. De repente, a televisão na sala ligou sozinha. Como eu suspeitava, o vídeo começou a ser reproduzido na tela, forçando Rebeca a assisti-lo até o final. Estava sob o efeito de medicamentos, então observei as expressões de todos. Havia medo, mágoa, choque e descrença. Marcelo realmente era um gênio por ter tido essa ideia de fazer com que todos eles assistissem ao vídeo juntos. A gravação finalmente terminou depois de algum tempo. Rebeca olhou para mim, depois para a mão de Pedro. Ela estava com o rosto pálido; eu gostava de vê-la assim. Colocando o copo de água na minha mão na mesa de cabeceira, eu me aproximei dela lentamente. Então, me agachei na frente dela e sorri.

“Srta. Lopes, você gostou do vídeo? Você quer saber como é quando seu filho é finalmente tirado de você depois de ser sufocado até a morte?"

Seu rosto empalideceu de horror quando ela exclamou: "Você perdeu a cabeça!"

Soltei uma risada seca, admirando o pânico espalhado em seu rosto enquanto ela protegia sua barriga saliente com as duas mãos. Lentamente, meu sorriso se tornou cruel e abaixei a voz para dizer:

“Você gostaria de ter um gostinho da dor que senti naquele momento? Hein? Sua mãe provavelmente vai gostar disso também. Por qual outro motivo ela teria feito isso comigo? Não concorda?"

"Não pode sair por aí fazendo acusações infundadas, Scarlett!" Rebeca caiu no chão em choque, engatinhando para longe.

Após se recuperar do choque, Armando auxiliou Rebeca, que estava em pânico, a sair do chão. "Como pode ter tanta certeza de que foi a mãe dela que fez isso, Scarlett?"

Levantei minhas sobrancelhas em resposta. "Vocês gostariam de ver as provas, pessoal?" Parei por um momento antes de dizer em um tom entediado: “Na verdade, spoilers não são divertidos. Vou mostrar a vocês como uma criança sufocada se parece um outro dia.” Então, fixei meu olhar na barriga de Rebeca e sorri. "Não é ótimo? Você pode observar com antecedência como seu filho ficará depois de ser sufocado até a morte.”

"Leve-me embora! Leve-me embora! Ela é maluca!" Rebeca estava tão petrificada que começou a divagar incoerentemente, puxando Armando pelo braço para tirá-la dali.

Armando olhou para mim com emoções conflitantes girando em seus olhos. Assim que Rebeca saiu, eu me senti imensamente entediada. Então lancei meu olhar para o homem no chão que trazia uma expressão devastada em seu rosto, então olhei para João que estava parado ao lado da porta. Vendo a mágoa brilhando em seus olhos, meu coração se contorceu de dor.

Frustrada, liguei para Marcos e imediatamente expressei meu descontentamento assim que ele atendeu.

“Você não me quer mais? Não me abandone aqui no hospital. Estou com medo!"

Pedro olhou para mim com olhos que continham uma escuridão sem fim. Sabia que ele estava sofrendo, mas e daí? Para minha surpresa, Marcos chegou ao hospital em pouco tempo, então suspeitei que ele estivesse por perto o tempo todo. Ao se deparar com a confusão no quarto, seu rosto se enuviou, com um vinco surgindo entre suas sobrancelhas. Então, seu olhar pousou em Pedro.

Franzindo os lábios, olhei para Pedro e disse:

“Na noite do aniversário de Rebeca, você estava no jantar da família Leão, certo?”

Pedro olhou para mim, seus olhos ligeiramente turvos. "Sim."

Meu peito ainda doía, mas ignorei a dor e continuei:

“Tenho certeza de que você sabe melhor do que eu por que Carmen escolheu fazer isso naquela noite, certo? Por dois meses, Marcos não me deixou chegar perto de nenhum aparelho eletrônico. Não assisti à TV ou li os jornais. Nem entrei em contato com outras pessoas.” Contudo, não contive uma leve risada. "Mas não sou idiota. Por mais que não tenha lido sobre seu noivado com Rebeca nos dos jornais de Nova Itália, imagino que Carmen fez o que fez porque ela queria meu filho e eu mortos. Afinal, comigo fora do caminho, o caminho ficaria livre para você e Rebeca. É uma pena que ela tenha calculado mal. Ela nunca esperou que Marcos aparecesse e me salvasse."

Não fiquei para ver a reação dele. Se ele estava sofrendo, angustiado ou se afogando em culpa não era problema meu.