Ficar ou correr? romance Capítulo 236

Ainda era cedo quando cheguei em casa. Entediada, liguei para Márcia. Para meu espanto, o telefone dela ainda estava desligado. Três meses haviam se passado. Ela já deveria ter saído do resguardo, mas por que o telefone dela ainda está desligado? Sem saber o que fazer, liguei para Leonardo. O telefone tocou por um longo tempo até que ele atendesse, e ele parecia estar muito ocupado.

“Scarlett, estou cuidando do bebê agora. E você? O que está fazendo?"

Pisquei surpresa. Deve ser muito difícil para um homem adulto cuidar de um bebê.

"Vocês ainda estão no interior?", perguntei enquanto sentando-me no sofá.

Houve uma pausa momentânea no outro lado da linha antes que ele respondesse:

“Sim. E você? Como está? Bem?"

Respondi com um aceno de cabeça, embora ele não pudesse me ver.

"Sim. Voltarei à Cidade de Augusta no final do ano. Vocês dois estão planejando voltar para comemorar o ano novo? Ou vão ficar no interior?"

"Não temos certeza ainda!" Ele parecia ocupado, então rapidamente perguntei: “Cadê a Márcia? O telefone dela está quebrado? Por que ela não me atende? Não consigo falar com ela há algum tempo."

"Sim! Ela está muito ocupada. De qualquer forma, tenho que ir agora. Vamos conversar de novo uma outra hora.” Em seguida, ele desligou.

Fiquei parada por um tempo antes de guardar meu telefone.

...

No Hotel Península, um hotel internacional de cinco estrelas.

Depois de estacionar o carro na entrada do hotel, Marcos saiu. Então, ele caminhou graciosamente para o lado do passageiro e abriu a porta para mim antes de me ajudar a sair. A calda do meu vestido azul Royal era muito longa. Quando saí do carro, não pude deixar de expressar minha preocupação:

“Para ser honesta, esta é a primeira vez que uso um vestido com uma cauda tão longa. Estou com medo de cair."

"Então você terá que ficar perto de mim, para que isso não aconteça.", ele sorriu debilmente.

Além daquela alternativa, não via outra maneira de impedir que aquilo acontecesse. Dei de ombros e o segui em direção ao hotel. Já havia alguém de pé ao lado das colunas romanas na entrada do hotel para receber os convidados.

Era Clara. Passado algum tempo sem vê-la, ela parecia ter envelhecido um pouco. Naquela noite, ela usava um vestido bordô com um xale preto por cima, fazendo com que ela parecesse incrivelmente elegante. As mulheres mais velhas tendem a exalar uma elegância acumulada ao longo dos anos, pois o tempo tinha a capacidade de lapidar as mulheres, dando-lhes uma aura gentil e sedutora.

"Marc, finalmente! Os convidados devem chegar em breve. Seus avós já estão aqui. Apresse-se e vá cumprimentá-los, depois venha para receber os convidados.” Clara o puxou em direção ao hotel.

Então, seu olhar pousou em mim. Ela sorriu. “E quem é essa linda jovem? Por que não a conheci antes?"

Fiquei boquiaberta. Vendo que ela não parecia me reconhecer, fiquei perdida por um momento e instintivamente olhei para Marcos. Ele riu e respondeu:

“Vovô, vovó, vou sair e receber os convidados com a mamãe. Vou deixar Scarlett aqui para lhes fazer companhia.

Seus avós assentiram e fizeram sinal para que ele seguisse em frente. Assim que ele saiu, Sofia me puxou para que eu me sentasse ao seu lado.

"Quantos anos você tem, minha querida?"

"Vinte e seis.", respondi, lançando-lhes um sorriso educado.

"Você é casada?"

Esta parecia ser a pergunta mais importante para os mais velhos. Mantendo o sorriso no rosto, eu disse:

"Sim, eu sou."

Ela pareceu surpresa, olhando para Antônio. Então, ela riu. "Aquele pirralho Marc parece se tornar mais complicado à medida que envelhece."

Antônio soltou uma risada enquanto olhava para mim. "A propósito, qual é mesmo o seu nome?"

"Scarlett Machado.", respondi.