Ficar ou correr? romance Capítulo 247

Pedro olhou para mim, seus lábios se curvando em um sorriso malicioso. Eu o ignorei e disse, ainda falando ao telefone:

“Está certo, entendi. Vou desligar agora."

Após encerrar a chamada, os olhos de Pedro ainda estavam em mim, e a expressão séria em seu rosto parecia ter se intensificado.

“No que está pensando? Até Luís Machado está envolvido?"

"Estou pensando em..." Me divorciar de você!

No entanto, parei de falar quando lembrei que ainda precisava persuadi-lo a desistir de adquirir a OrbitTech. Se o provocasse agora, seria difícil conseguir que ele cooperasse depois. Olhando para João, perguntei:

"Dr. Cruz, gostaria de comer comigo?"

Ele imediatamente olhou para Pedro, e abriu a boca como se pensasse no que dizer ao notar a expressão mal-humorada no rosto de seu amigo. Então, acenou com a cabeça.

"Claro. Na verdade, estou com um pouco de fome."

Entramos na cozinha juntos e descobrimos que a Sra. Espíndola havia preparado uma bela refeição. Pouco tempo depois, Pedro se juntou a nós. Ambos foram criados em lares igualmente rigorosos, de modo que pareceram recordar de suas lições de etiqueta, uma vez que comeram suas refeições no mais profundo silêncio. Quando terminamos de comer, a Sra. Espíndola arrumou a cozinha. Automaticamente estendi minha mão para João, que estava sentado ao meu lado.

“Recentemente, tenho sofrido de insônia, dores de cabeça e ansiedade. Examine-me veja o que há de errado comigo.”

A boca de João se arqueou enquanto ele olhava fugazmente para o silencioso Pedro antes de levantar as sobrancelhas para mim.

"Muito bem."

Depois de me examinar, ele relatou em um tom solene:

“Você tem muitos problemas de saúde. Em primeiro lugar, você tem gastrite grave, então preste atenção à sua dieta a partir de agora. Sua insônia causou uma frequência cardíaca fraca, então seu coração não está em muito boa forma no momento. Sua má circulação sanguínea provavelmente se deve ao fato de você não ter se concentrado em se recuperar após o parto. Precisa cuidar bem de si mesma para se recuperar por completo.”

Assenti em resposta e afastei minha mão. Quando ele abaixou a cabeça para prescrever o medicamento, me virei para Pedro com um leve sorriso malicioso.

"Não vai deixar o Dr. Cruz dar uma olhada em você?"

Ele contraiu os lábios. "Acha isso engraçado?"

Ergui as sobrancelhas e encolhi os ombros encerrando o assunto. João parecia hesitante na hora de ir, então percebi que ele tinha algo a me dizer e me ofereci para acompanhá-lo. Na entrada da mansão, ele falou antes que eu pudesse:

"Scarlett, Márcia entrou em contato com você recentemente?"

Por uma fração de segundo fiquei atordoada antes de balançar a cabeça. "Não." Quando pensei em sua filha, não pude deixar de perguntar: “Você não a viu?”

Ele balançou a cabeça, negando. "Por favor, entre em contato comigo se a vir."

Murmurei uma resposta, imaginando se ele sabia que Márcia tinha uma filha. Como estivera ocupada com meus próprios problemas recentemente, não tive tempo de pensar em Márcia e me perguntava se ela estava bem.

Quando João foi embora, voltei para a sala de estar, onde vi Pedro lendo um livro no sofá. Ao me ouvir entrar, me lançou um olhar desinteressado sem dizer nada. Após hesitar por um tempo, peguei uma xícara de chá e fui até ele, colocando a xícara na frente dele.

“Tome um pouco de chá preto, faz bem para a digestão.”

Ele olhou para mim, ele largou o livro e estendeu a mão, me puxando para um abraço.

“Então, quando você planeja trazer o assunto à tona?”, ele perguntou, me olhando com seus olhos profundos.

Apesar de ter ficado surpresa, consegui controlar minha voz.

"Você sabe o que dizem. Os homens são os mais complacentes quando estão satisfeitos na cama.”

Ele ergueu as sobrancelhas.

"Então, estava planejando falar sobre isso quando estivéssemos na cama?"

"Mas caso esteja no clima para concordar agora, então não preciso esperar.", assenti em resposta.

"Hah! Por que você quer a OrbitTech?", ele zombou, colocando sua testa contra a minha.

“Não posso ser apenas uma dona de casa submissa. Acho bom ser uma mulher forte e focada na carreira.”, falei de modo sério, olhando para o pomo de adão dele. Então, meus olhos desceram até o botão superior de sua camisa branca.

Ele ergueu meu queixo e roçou o canto da minha boca com os lábios.

"Se fosse tão fácil assim adquirir a OrbitTech, você acha que Marcelo e eu teríamos deixado isso se arrastar por um ano?", ele disse com um sorriso alegre no rosto.

"Eu sei, e é por isso que estou implorando para que desista de comprá-la. Se vocês desistirem, isso tornará as coisas muito mais fáceis para o Grupo Vasconcelos.”

Ele apertou os olhos para mim, falando em uma voz calma:

"Scarlett, eu deveria me sentir abençoado por ter uma esposa tão inteligente e que pensa em dinheiro?"

Ouvindo o sarcasmo em sua voz, assenti de forma inexpressiva.

“Trabalhar juntos como marido e mulher é melhor do que sozinho, não é?”

"Hah!”, ele ironizou. "Você está sendo muito ousada."

Ignorei seu comentário maldoso, voltando ao assunto principal da conversa.

"Então, está de acordo?"

Ele baixou os olhos e me lançou um olhar frio.

"Não disse que ia me perguntar na cama?"

Mas que... Hah!

Era verdade, ele sempre estava pensando naquilo.

Estávamos fadados a discutir se isso acontecesse, mas ainda não estava com vontade de brigar com ele. Para desarmar a situação, simplesmente perguntei:

“No que você e a família Leão estão trabalhando?”

Na verdade, não estava tão interessada em saber os detalhes e apenas perguntei por curiosidade. Seus olhos escureceram um pouco quando ele respondeu:

"Um projeto de desenvolvimento." Pude ouvir um tom perigoso em suas palavras.

Está bem. Acho melhor não falar disso..

Então, me levantei e estava prestes a subir as escadas, mas ele me segurou em seus braços. "Vamos assistir um dorama."

O quê? Dorama? Ele está falando sério?

Depois de passarmos aquele tempo separados, ele parecia ter se tornado bastante excêntrico.

"Não, obrigada."

Então, tentei me levantar novamente. No entanto, seus braços permaneceram firmes, travados em volta de mim. Naquele momento, o som de um telefone tocando chegou aos nossos ouvidos. Era o seu celular. Ele olhou para a tela. Vendo que era Suzana, ele se virou para mim e perguntou indiferente: "Pode atender para mim?"

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