Ficar ou correr? romance Capítulo 249

Fiquei boquiaberta. "Carmen sabe disso?"

“Ninguém mais sabe a verdade, exceto Rebeca. Aposto que Armando também não sabe de nada. Como Rebeca alegou que o bebê é do Pedro, tenho certeza de que Carmen acreditou nela." Marcelo balançou a cabeça.

Foi por isso que Carmen tentou tanto se livrar do meu bebê, para que ela pudesse abrir caminho para a Rebeca?

“E quanto ao Pedro? Ele sabe?" Até então parecia que ele havia deixado claro que não teve nenhum contato físico e íntimo com Rebeca.

Marcelo riu com frieza. “Ele seria o homem mais estúpido do mundo se não soubesse.”

Seu comentário me deixou sem palavras.

Certo. Está bem.

Então, isso significava que Pedro cuidou muito bem dela, mas nunca a tocou? Por que ele não me explicou? De qualquer maneira, não teria acreditado nele. Acho que ele me conhecia melhor do que eu mesma. Contudo, tinha que tirar o chapéu para o irmão dela. Afinal, ele conseguiu encontrar um homem que estava disposto a cuidar bem de sua irmã, mesmo depois de tantos anos. Apesar de saber que o bebê não era dele, Pedro estava disposto a assumir a responsabilidade.

"No que está pensando?" Marcelo deu um tapinha nas minhas costas. "Meu aniversário está chegando. É melhor me dar um belo presente, já que te ajudei tanto."

Cara...

“O que você quer para o seu aniversário?”, perguntei apertando os lábios.

"Qualquer coisa."

"Tipo uma camisa? Uma gravata? Ou um cinto?" Fiquei sem ideias.

Ele olhou para mim e disse em um tom sério: “Não. Quero você de presente."

"Só por cima do meu cadáver.", zombei.

Ouvindo isso, ele ficou sem palavras.

“Não compre nada para mim. Faça algo especial para mim, que eu possa apreciar.”

Não sabia como reagir ao seu pedido. Ainda estamos vivendo em tempos antigos? Ele espera que eu costure uma bolsa para ele?

Já eram onze da noite quando voltei para a mansão. Pedro ainda não tinha voltado, e a Sra. Espíndola parecia estar costurando algo na sala de estar. Ao me notar parada na porta, ela colocou seu kit de costura de lado e sorriu.

“Bem-vinda de volta."

Sorri e fui buscar um copo de água. No entanto, havia apenas água fria.

"Talvez tenha quebrado o filtro quando estava limpando o chão mais cedo, e é muito tarde para encontrar alguém para vir arrumar. Devo ferver um pouco de água?"

Balancei minha cabeça, discordando. Ela então começou a arrumar suas coisas e estava pronta para voltar para a casa dos fundos. Ela deve ter ficado acordada até tarde esperando eu chegar.

"Pode ir e descansar agora. Vou para a cama daqui a pouco."

Ela apontou para o filtro. "Mas..."

"Não estou com sede. Pode ir agora." Franzi a testa involuntariamente, pois não queria falar com ninguém naquele momento. Minha reação a deixou brevemente atordoada. Então, ela saiu em silêncio. Parecia ter perdido a minha paciência com as pessoas.

Depois que a Sra. Espíndola saiu, sentei-me no sofá. Olhando para a parede sem pensar, notei que o relógio marcava meia-noite.

Por que ele ainda não voltou? Ele planeja passar a noite na casa da tia?

Fui para a cozinha e fervi um pouco de água para beber. Enquanto isso, peguei meu telefone para verificar se havia perdido alguma mensagem. Ao perceber que não havia atualizações na guia de notificação, soltei um longo suspiro. Então levantei a tampa da chaleira para verificar se a água estava fervendo, mas infelizmente fui escaldada pelo vapor. Doeu tanto que imediatamente retraí minha mão. Depois de olhar para a chaleira por algum tempo, peguei meu telefone mais uma vez. Pensando se deveria ligar para ele, ouvi alguém entrar.

Ele voltou?

Mordi meus lábios, trouxe a chaleira para a sala de estar, e servi dois copos de água. No momento em que Pedro entrou, pude ver que seu casaco estava molhado. Talvez estivesse chovendo lá fora. Depois de pendurar o casaco ao lado da porta, ele percebeu que estava sentada na sala. Ele franziu a testa e veio até mim.

"Não conseguiu dormir?"

Balancei a cabeça em resposta e olhei nos olhos dele. "Como está Benjamin?"

Uma linha se formou entre suas sobrancelhas se mostrando surpreso com a minha pergunta. "Marcos te contou?"

"Sei há algum tempo que Benjamin não está bem de saúde.", neguei.

Ele assentiu gentilmente e parou na minha frente.

"Está preocupada que eu não possa voltar para casa?"

Balancei minha cabeça, discordando. Então, peguei um copo de água sentindo minha garganta seca. Graças ao meu jeito desastrado de ser acidentalmente derramei um pouco de água nas minhas coxas. Estava tão quente que retraí minhas pernas. Naquele momento, Pedro se aproximou, me pegou em seus braços e me levou para o banheiro. Depois de ligar o chuveiro na água fria para aliviar minha dor, ele olhou para mim emburrado.

"Você bebeu?"

Assenti em resposta após uma breve pausa.

No momento em que ele tentou pegar seu telefone, sabia que ele estava prestes a incomodar João novamente. Tomei o celular de sua mão e disse:

"Está tarde. Não vamos incomodá-lo."

Ao ver a mancha vermelha nas minhas pernas, ele me lançou um olhar irritado.

"Você fez isso de propósito?"

Simplesmente admiti: "Sim."

"Por quê?"

"Porque preciso da sua ajuda." Ainda esperava que ele me ajudasse com a OrbitTech.

Ele respondeu com um sorriso malicioso, me levou para o quarto no andar de cima e tirou minhas roupas molhadas. Depois de me ajudar a vestir meu pijama, ele colocou um pouco de pomada na minha queimadura. Doeu um pouco, mas a dor ainda era suportável. Parecia que ele havia intencionalmente evitado minha pergunta mais cedo. Abaixei os olhos e bati na mão dele.

"Eu me sinto melhor agora. Obrigada."

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