Ficar ou correr? romance Capítulo 250

Assim que disse isso, Pedro franziu as sobrancelhas. "Ainda não terminei."

Apertei meus lábios e fiquei sem palavras. Enquanto pensava em uma maneira de responder sua resposta, ele perguntou de repente:

“O que você vai fazer se eu decidir não voltar para casa hoje?”

"Provavelmente teria que escaldar meu corpo inteiro e ligar para você." A ideia realmente passou pela minha cabeça. Sabia que ele não iria me ignorar.

Ele apertou a minha coxa, fazendo com que eu ofegasse de dor.

"Está doendo?", ele desdenhou. "Já pensou em se tornar uma aleijada?"

Permaneci em silêncio, mas continuei a acariciar seu braço com as pontas dos meus dedos enquanto ele aplicava a pomada.

"O que está fazendo?" Ele franziu as sobrancelhas e olhou para mim.

"Seduzindo você."

Ele soltou uma risada sem graça, guardou a pomada e apertou os olhos.

"Você está fazendo isso por conta do projeto?"

E, novamente, optei por ficar de boca fechada. Levantei-me, coloquei minhas mãos em volta de seus ombros e pressionei meus lábios contra os dele. Passando as mãos pela minha cintura, ele disse com uma voz rouca:

"Quanto você bebeu?"

"Alguns copos, eu acho.", murmurei.

Para ser honesta, não era boa em seduzir homens, e as preliminares sempre me desgastavam. Só queria acertar em cheio. Sua respiração ficou mais pesada quando ele me puxou para mais perto.

"Então está pensando em desistir?" Balancei a cabeça e mudei de posição.

Enquanto ele aproveitava cada momento, perguntei:

“A Corporação Carvalho tem a HiTech agora, e se a OrbitTech...”

"Não. Nada de OrbitTech!" Ele instantaneamente se tornou abrasivo.

Olhei para ele de cara fechada, peguei o telefone e entreguei para ele.

"Ligue para o Júlio agora!"

Ele parou o que estava fazendo e olhou nos meus olhos.

"Realmente acha que pode me manipular, só porque está me oferecendo seu corpo?"

Não sabia o que dizer. Mas sabia que ele não estava feliz. Mordi meus lábios.

"Você prometeu me apoiar em tudo."

Ele pegou o telefone com um sorriso malicioso e ligou para Júlio. Ele demorou um pouco para atender o telefone. Ashton então disse a ele com uma voz fria:

"Não dê seguimento ao projeto da OrbitTech."

Encerrando a ligação, guardou o telefone e foi direto para o chuveiro. Ou eu estava muito bêbada ou simplesmente aliviada por ter um problema a menos para me preocupar. No entanto, adormeci quase instantaneamente. Quando Pedro saiu do chuveiro, estava em um sono profundo. Mas ele não estava pronto para dormir. Pensou que poderia me torturar a noite toda, ficando em cima de mim o tempo todo. Mas o feitiço virou contra o feiticeiro, pois nada poderia me acordar.

Minha cabeça doía quando acordei na manhã seguinte. Deve ser por causa de todas as bebidas que tomei na noite anterior. Levantei as mãos e cerrei os punhos tentando despertar. Já que tinha de ir até a sede do Grupo Vasconcelos, precisava tomar um banho e organizar alguns documentos. No entanto, quando tentei sair da cama, percebi que ele ainda segurava meu braço. Pedro ainda estava dormindo, a barba por fazer o tornava mais atraente. Não consegui me conter e acariciei sua barba. Era macio ao toque, mas, ao mesmo tempo, ainda espetava. Sob a luz fraca, seus traços se tornaram ainda mais proeminentes. Sentindo meu toque ele acordou e olhou para mim com seus olhos sonolentos. Com um grunhido profundo, ele perguntou:

"Você quer mais?"

Imediatamente puxei minha mão. Ele se sentou, revelando alguns arranhões no abdômen. Sim, eu o arranhei na noite passada. Pedro ergueu as sobrancelhas depois de perceber que estava olhando para seu torso.

"Alguém ficou muito louca ontem à noite."

Agora que o efeito do álcool tinha praticamente desaparecido, minha mente ficou mais clara.

"Não teria feito isso com você se tivesse se comportado bem ontem à noite."

Ele riu. "Ah? Então, você quer outra rodada?" Ele se inclinou para a frente e beijou minha testa: “Você é minha esposa e eu sou seu marido. Fale comigo se tiver qualquer dúvida e não deixe que as fofocas te afetem. Está bem?"

Concordei com um aceno de cabeça e gentilmente o afastei.

"Tudo bem, tudo bem, já chega. Preciso ir ao escritório hoje, então me dá um tempo.”

Ele não conteve sua risada diante o que eu disse. Logo depois de tirar o cobertor, ele continuou olhando para minhas coxas por algum tempo. Inicialmente, pensei que ele estava excitado, mas logo percebi que ele estava olhando para as manchas vermelhas nas minhas pernas.

Ele levantou a cabeça e olhou para mim. "Ainda dói?"

Balancei minha cabeça, discordando. "Não."

"Fique em casa e descanse."

Recusei. "Estou bem. Tenho que voltar para o escritório para resolver algumas pendências hoje.”

Ele fechou a cara quase que imediatamente. Demonstrou-se aparentemente insatisfeito com a minha resposta, mas conteve sua raiva.

"Eu te levo."

Já que ele fizera uma concessão, eu também deveria. Concordei e aceitei sua oferta. Ele estacionou o carro na frente do prédio do Grupo Vasconcelos e imediatamente se tornou o centro das atenções sendo observado pelos funcionários que entravam e saíam do prédio. Quando eu estava prestes a sair do carro depois de soltar o cinto de segurança, percebi que a porta estava trancada. Inclinei a cabeça e o encarei.

"Abra a porta!"

Um brilho intenso surgiu em seus olhos por um breve momento enquanto ele pressionava os lábios e olhava para mim.

"Então, você vai sair assim?"

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Ficar ou correr?