Ficar ou correr? romance Capítulo 25

As coisas só ficariam mais complicadas se ele descobrisse a verdade. A situação entre nós três pioraria com chegada dessa criança.

Consequentemente, percebi que ir embora era a melhor opção - uma situação em que todos sairiam ganhando.

Estava inquieta ao estacionar do lado de fora da casa. Levar Pedro para cima não seria uma tarefa fácil.

Depois de pensar por um momento, desci do carro, caminhei até o banco do passageiro e abri a porta. "Pedro", gritei enquanto puxava sua manga.

Ele imediatamente acordou ao ouvir seu nome. Seu estômago provavelmente estava lhe dando trabalho, devido a todo o whisky que ele havia bebido.

O ele abriu os olhos lentamente e me encarou antes de examinar os arredores. " Você me trouxe aqui?"

Sacudi a cabeça, sem saber se ele estava sóbrio ou bêbado. "Vamos, desça. Está tarde."

Já estava quase amanhecendo. Estando grávida, eu simplesmente não tinha energia para ficar com ele.

Pedro se endireitou, não demostrando sinais de querer descer do carro. Seus olhos escuros pareciam inofensivos, mas eu sabia que ele estava de cabeça quente.

Depois de pensar um pouco, acabei falando. “Você quer que eu te ajude a descer?”

"Eu vou me aquecer no sol por um tempo", ele respondeu e sentou-se, imóvel.

Fiquei completamente surpresa. Aquecer-se no sol? Agora?

Quão bêbado ele está?

"Tudo bem. Não tenha pressa." Sentindo-me mal em demasiado para ficar com ele lá fora, entrei.

Voltei para o quarto e me deitei na cama. Então, o silêncio vindo da sala de estar começou a me encher de preocupação. E se ele decidiu sair e sofreu um acidente?

Depois de lutar com meus próprios pensamentos, levantei-me e desci as escadas. Para minha surpresa, Pedro já estava deitado no sofá da sala de estar.

Finalmente consegui dormir em paz.

Depois de uma noite tão longa, caí em um sono profundo e só acordei ao meio-dia.

Lembrando do compromisso com Calebe, me lavei apressadamente e saí pela porta. Quando cheguei ao trabalho, Calebe já estava esperava por mim no escritório.

Ele sorriu, de modo arrependido, ao me ver. "Desculpe incomodá-la no trabalho, Sra. Machado."

Devido ao fato de ter chegado correndo, acalmei minha respiração e pedi a Sarah que servisse a Calebe um copo de água. Em seguida, assinamos os contratos de conclusão e transferência.

Concordei com um aceno de cabeça enquanto pensava. Se o Dr. Cruz é João Cruz, o Sr. Queiroz seria a Armando Queiroz?

Fui até o sofá e me sentei. Olhando para o meu relógio, já passava um pouco do meio-dia. Saíra de casa com tanta pressa que acabei não comendo nada. Deste modo, estava morrendo de fome.

Júlio me serviu um copo de água e comentou com frieza: “Por favor, espere um momento, Sra. Machado. O Sr. de carvalho estará pronto em cerca de meia hora."

Peguei o copo. Ignorando a sua frieza, perguntei: "O Sr. de carvalho tem bebido com frequência, Sr. Cordeiro?"

Márcia mencionou que Pedro tem ido ao seu bar com frequência, então não pude evitar tentar descobrir por que isso estava acontecendo.

Ao ouvir a minha pergunta, Júlio se acalmou por um momento antes de responder: "Acho que o Sr. de Carvalho não está no melhor dos humores."

"Por quê?" Não era possível que ele estivesse tão chateado por causa da criança. Geralmente tinha algo a ver com Rebeca.

Ao notar que eu o olhava com curiosidade, Júlio tossiu levemente. "Eu não tenho certeza também."

Fiquei em silêncio.

Ele não estava sendo honesto.

Cochilei lentamente. Ao ouvir as vozes de algumas pessoas depois do que pareceu uma eternidade, fiz o meu melhor para me sentar direito.