Ficar ou correr? romance Capítulo 251

No começo, não entendi o que ele queria, mas assim que apontou para sua bochecha, soube que estava pedindo um beijo.

"Estamos em público, pelo amor de Deus!" Era extremamente inapropriado ter qualquer tipo de demonstração de afeto num local como aquele!

Um sorriso surgiu no canto dos seus lábios.

“Somos um casal, então é normal que a esposa dê um beijo de despedida no marido.”

Aquele não era o lugar e nem a hora para discutir com ele. Em vez de começar uma briga, inclinei-me para a frente e dei-lhe um beijo na bochecha. De repente, ele se curvou, abriu a janela e me beijou na boca.

"Ah, sim. Agora assim!"

Saí do carro e tentei controlar minha raiva. Enquanto caminhava em direção à entrada, esbarrei em Marcos. Ele estava parado do lado de fora do prédio. Aposto que deve ter visto o que Pedro fez comigo no carro, especialmente depois de ter aberto a janela para o mundo inteiro ver. Sua expressão era intensa, e ele lançava a Pedro um olhar cortante. Apesar disso, subi e o cumprimentei como se nada tivesse acontecido:

“Bom dia!”

Ele mordeu os lábios e gradualmente voltou sua atenção para mim, me dando um simples "Oi."

Assim que entramos no elevador, ele me entregou um documento.

“Dê uma olhada nessas informações sobre a OrbitTech. Nossas chances são pequenas, já que Marcelo e Pedro também estão de olho nela.”

Assenti e peguei o documento.

"Quais são nossas chances se eles decidirem desistir da OrbitTech?"

Ele fez uma pausa por um momento e franziu a testa:

"Você falou com eles?"

Respondi com um aceno de cabeça. Quando saímos do elevador:

“Um deles é meu irmão, e o outro é meu marido. Acho que a sorte está do meu lado.”

"Se ao menos as coisas fossem tão simples assim." Marcos soltou uma risadinha fria.

Não falamos mais no assunto depois de seu breve comentário. Dirigi-me até minha sala, e estudei o documento que ele me deu.

Ao meio-dia, Suzana veio me ver.

"Precisamos conversar."

"Sobre o quê?”, perguntei olhando para ela, confusa.

Vestida com um terno preto, ela parecia excepcionalmente elegante. Ela apertou os lábios um pouco:

"Você vai saber do que se trata."

Assenti e deixei de lado o documento, saindo do escritório com ela. Chegamos a uma das cafeterias no centro da cidade e pedi uma xícara de café. Suzana olhou para mim e perguntou:

"O que está acontecendo entre você e Marcos?"

A maneira como falava comigo era como se estivesse questionando uma adolescente.

"Nós somos amigos. Parceiros de negócios", respondi normalmente.

Ela assentiu e tomou um gole de café.

“E quanto ao Pedro? Está planejando se divorciar dele?"

Ops. Acho que muitas pessoas não sabem que voltei para a mansão.

Olhei para Suzana, apertando os olhos.

"É sobre isso que quer falar comigo?"

“Ouvi dizer que iria se divorciar dele, depois que papai faleceu. A única coisa que te impediu foi a gravidez. Pedro é um homem responsável, e estava disposto a cuidar de você e do bebê. Isso significa que não há amor no seu casamento?”

Quem te disse isso?

“Obrigado pelo interesse nos problemas no meu casamento. Fico agradecida", sorri.

"Você ainda o ama? Pode me dizer", ela respondeu com um sorriso calmo.

"Parece que você realmente gosta de tomar decisões precipitadas logo após pesar os prós e contras, Sra. de Carvalho."

Ao ouvir esse comentário, ela soltou uma risada sem graça.

“Vocês dois decidiram ficar juntos por causa do bebê. Agora que o bebê se foi e vocês não se amam, então é hora de seguir em frente! Notei que você e Marcos ficaram muito próximos. Por que não dá uma chance a ele?”

É assim que se convence alguém a se divorciar? Que piada.

"Pedro está de acordo com sua sugestão?"

Ela pode ter falado com ele, já que Pedro foi à casa deles na noite anterior.

"Parem de desperdiçar o tempo um do outro e sigam em frente."

Assenti. Não podia culpá-la por sugerir o divórcio. Afinal, me aproximara bastante de Marcos. Não posso ignorar o fato de que Pedro e eu não estávamos bem, e passamos algum tempo separados. Talvez, para ela, aquela seria a melhor opção. Portanto, acreditei que Suzana deve ter avaliado a situação antes de oferecer aquela solução. A menos que ela tivesse um motivo oculto sobre o qual eu não soubesse. Precisava lhe dar uma resposta.

“Não acho que este seja um conselho justo. Só porque estamos passando por problemas, não significa que temos de nos divorciar. Se tem algo mais a dizer, por favor, compartilhe comigo, para que possa avaliar os prós e contras, como você faria.”

Ela tomou outro gole de café e parou por um momento.

“Você deve saber quem é o pai do bebê de Rebeca, certo? Tenho certeza de que sabe melhor do que eu. Ela também é a principal causa dos problemas em seu relacionamento. Agora que ela está grávida dele, temos que intervir e reconhecer a criança como parte da família de Carvalho.”

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