Ficar ou correr? romance Capítulo 276

"Vou passar a pomada em você", ele respondeu de modo sério.

"Não precisa. Estou bem", murmurei com uma voz rouca.

Seu olhar se tornou sombrio.

"Ou eu te ajudo a passar a pomada, ou vai fazer isso sozinha. Decida-se."

"Pedro, pode parar, por favor?"

Estava esgotada, mas ele continuava a me irritar.

"Então, eu passo?"

Sua insistência era enervante. Sentei-me e o empurrei com força. Pego de surpresa, acabou caindo no chão.

“Pedro, pode parar de me irritar? Já pedi mais de uma vez para me deixar em paz. Não ouviu?"

Naquele momento, desabei na cama e me enterrei debaixo das cobertas. Não agia assim há algum tempo. No fundo, sabia que era errado descontar minhas frustrações nele. Mas não consegui evitar. Pensei que ele iria embora, mas ele me abraçou suavemente.

"Não deveria ter feito aquilo ontem à noite. Desculpa."

Ele baixou a voz, tentando me convencer, "Não fique brava comigo. Pode me bater se isso te deixar melhor. Coma alguma coisa, tá bom?"

Então, Sra. Espíndola chegou com o jantar.

"O jantar está pronto!"

"Pode nos deixar a sós", Pedro pediu.

Depois que ela saiu, ele me carregou até a mesa. Ele me sentou em seu colo. Estava descalça, então pediu que eu me apoiasse em seus pés.

Parecia que ele estava tentando convencer uma criança.

“Dá uma olhada nessa comida deliciosa. Vamos, coma." Ele era péssimo nisso. Oferecendo um garfo cheio de macarrão para mim, tentou me persuadir: “Vamos lá. Abra a boca!"

Fechei os olhos e desviei.

"Posso comer sozinha."

"Deixa eu te dar a comida." Ele empurrou o macarrão na minha boca.

Completamente irritada, insisti:

"Posso comer sozinha!"

Sentei-me no sofá, peguei um garfo e comecei a comer. Não havia almoçado, mas não estava com fome. Depois de alguns bocados, parei. Pedro franziu a testa para mim.

"Termine de comer."

Com o cenho franzido, forcei mais algumas garfadas.

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