Ficar ou correr? romance Capítulo 302

Seus olhos se abriram de repente.

“Frio?”

Assenti. “Sim! Você está pior do que a neve lá fora!” Havia um gemido sutil na minha voz.

Pedro levantou a mão para colocar meu cabelo atrás da orelha e suspirou baixinho: “Só não quero que você o veja. Nem por um segundo.”

Após uma breve pausa, ele continuou: “Sei que Marcos foi gentil, mas esse cara tem sentimentos por você, isso é nítido! Scarlet, prometa-me que, a partir de agora, você ficará longe dele, ok?”

Balancei a cabeça e acariciei seu peito.

“Tudo bem. Foi apenas uma coincidência. Como estamos sob o mesmo teto, é difícil não nos encontrarmos. Mas, iremos para casa assim que o funeral de Benjamin terminar, assim, não precisaremos mais vê-lo.”

Sorrindo, Pedro rolou por cima de mim. “Então, faça as pazes comigo!”

Um rubor se espalhou por minhas bochechas e eu subconscientemente tentei me esquivar, mas fui aprisionada por seus braços.

Após isso, ele começou a saborear cada centímetro do meu corpo.

Como sempre, Pedro estava muito ocupado gerenciando a crise que envolvia centenas de hospitais. Se não fosse por sua força de vontade e competência, a Corporação Carvalho teria sido esmagada pela opinião pública.

No fim, não havia nada que eu pudesse fazer. Como não sabia se havia algum tipo de história entre João e Pedro, não cabia a mim comentar algo.

No dia seguinte, Suzana subiu as escadas e insistiu em me levar para sair.

Ela queria encontrar uma nova casa para morar, afinal, a residência dos Vasconcelos foi deixada para Marcos.

Ao longo desses dias, o frio piorou e senti como se fosse congelar até a morte.

Suzana não estava satisfeita com nenhuma das casas que visitávamos, dizendo que a iluminação natural não era boa ou não estava perto o suficiente do centro da cidade.

No entanto, um lugar como a residência Vasconcelos era algo impossível de se encontrar. Ela morou ali por tantos anos, que estava relutante em aceitar algo diferente.

Quando o dia do funeral de Benjamin chegou, Suzana teve que colocar sua busca em espera. Ela acordou cedo e começou a fazer os preparativos para a recepção.

Ao meio-dia, os convidados & parentes prestaram suas homenagens e, após a procissão, a cerimônia de enterro terminou.

De pé diante da lápide, Suzana inclinou a cabeça e fez uma oração antes de se despedir. Ela olhou para o lado e viu Marcos, parado como uma estátua.

Durante esse período, o comportamento dele se tornou cada vez mais frio e cruel.

Sua figura esguia parecia estar envolta de uma camada de gelo, e sua aura emanava uma intenção assassina.

Depois que Clara faleceu, a violência adormecida nele parecia ter despertado.

“Vamos, Letti.” Suzana me puxou após dar uma última olhada em Marcos.

Às vezes, a liberdade é apenas uma palavra melhor para substituir e descrever a solidão.

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