Ficar ou correr? romance Capítulo 301

Após um tempo, me libertei de seus braços e suspirei. Olhando em sua direção, ri levemente e disse: “Você realmente não sabe como confortar alguém, Pedro.”

Ele retribuiu o meu sorriso e me olhou calorosamente. “Melhorarei na próxima vez.”

Eu assenti e dei mais algumas mordidas na minha comida, embora já tivesse perdido o apetite.

Como Pedro fará uma viagem de negócios no dia seguinte, planejamos voltar para casa mais cedo.

No entanto, Suzana ficou ligando incessantemente para ele.

Havia até um apelo em sua voz ao pedir que fossemos para a residência Vasconcelos, juntos. A mulher implorou tanto, que não pudemos rejeitar.

Ao chegarmos, Pedro teve que participar de uma videoconferência, o que me deixou completamente entediada.

Olhei pela janela e vi que estava nevando lá fora.

O cenário parecia especialmente encantador sob o luar. Assim, desci as escadas com a intenção de sair para um passeio.

Havia muitas rosas e árvores no quintal da residência Vasconcelos. A neve no chão parecia estar coberta por uma camada de prata, brilhando primorosamente, dando a todo o lugar uma sensação mágica.

Após dar alguns passos, levantei meu rosto para o céu. Era uma noite linda e gelada.

Olhando por cima do ombro, notei minhas pegadas irregulares na neve e achei aquela visão bastante agradável.

Meu humor melhorou muito!

É uma pena que Pedro esteja tão ocupado, se não, eu o teria arrastado até aqui para fazer um anjinho ou, quem sabe, uma luta de bolas de neve!

Com esse pensamento em mente, me agachei e comecei a preparar algumas bolinhas. Devido à espessa camada, consegui fazer uma montanha inteira delas.

Então, encontrei um lugar e comecei a jogá-las para aliviar meu tédio.

A fina camada de neve que cobria os galhos das árvores caiu no chão enquanto eu jogava as bolas, pintando uma cena bastante sombria.

Quando Marcos saiu, eu estava me divertindo tanto, que não me atentei à sua chegada.

Eu jamais poderia imaginar que ele sairia exatamente do lado onde eu havia acabado de jogar uma bola, que, sem surpresa, o atingiu bem na cara.

Meu coração gelou e eu me desculpei no mesmo instante: “Sinto muito! Não fiz de propósito!”

“Está ventando muito. Você pode pegar um resfriado.”

Seu lindo rosto estava indiferente. Eu não conseguia ler suas emoções enquanto olhava para sua postura rígida.

Enquanto falava, Marcos colocou um casaco grande sobre meus ombros. “Vamos entrar. Está frio aqui fora.”

Fiquei atordoada por uma fração de segundo, mas assenti com a cabeça e me virei para segui-lo.

De repente, ele puxou meu braço e perguntou em voz baixa e contida: “Você e Pedro… estão juntos novamente?”

Endureci momentaneamente antes de assentir. Após pensar um pouco, decidi acrescentar: “Marcos, você é um bom homem. Definitivamente encontrará a felicidade no futuro.”

Ele me olhou e ficou em silêncio por um tempo.

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