Ficar ou correr? romance Capítulo 313

Pedro pegou uma colher de sopa e olhou para Suzana com calma. “Isso será um incômodo.”

“Não, não será. Todos iremos para a Corporação Carvalho, de qualquer maneira.” Ela estava ficando cada vez mais chateada.

Nesse momento, Rebeca, que havia ficado em silêncio na maior parte do tempo, proferiu suavemente: “Pê, você não quer me ver, né?”

Ele a olhou e assentiu com a cabeça. “Exatamente.”

Minha nossa!

Rebeca ficou magoada com esse comentário, e pude vê-la à beira das lágrimas. Ela se levantou, respondendo baixinho: “Não vou incomodá-lo, então.”

Ela ia sair, mas Suzana a impediu.

“Ah, sua boba. Meu sobrinho só está brincando contigo! Não vá!”, ela a puxou de volta para a mesa.

Suzana era a mais velha da casa, então olhou para Pedro. “Aonde é que você vai? Por que seria um incômodo?”

Irritado, ele largou o garfo. “Tenho que cuidar de um assunto particular.” Ao perceber que eu não estava comendo muito, ele franziu a testa. “Não gostou da comida?”

Balancei minha cabeça, discordando. “Não é isso. O sabor é bom, só o ambiente que é um pouco barulhento.”

Suzana, que já estava irritada, deixou escapar: “Scarlet, você faz parte dos Carvalhos. O que quer dizer com isso? Não posso ficar aqui por alguns dias? Estou no ponto mais baixo da minha vida. Você vai me mandar embora? Não se esqueça de que sou a tia do seu marido!”

Meu apetite desapareceu instantaneamente.

Sentindo-me divertida, eu disse: “Ah, então você sabe que é a mais velha aqui, Sra. Carvalho? Estamos no século XXI, mas você continua tentando arranjar outra esposa para o Pedro, hein?”

“Outra esposa?” Suzana franziu o cenho. “Do que está falando?”

Arqueei uma sobrancelha. “Ah, então você só está tentando nos separar.”

Sua expressão caiu após ouvir meu comentário ácido.

“Que absurdo você está falando, Scarlet?”

Eu ri. “Será que é realmente tão absurdo? Tenho certeza de que você sabe que Rebeca gosta do Pedro. Mas quem é ela para você e por que a trouxe aqui? Por acaso está tentando lhe dar uma chance de seduzir o seu sobrinho e fazê-lo se divorciar de mim?”

Eu estava ficando agitada e olhei nos olhos de Suzana enquanto continuava: “Pode dizer diretamente na minha cara se não gostar de mim. Posso me divorciar a qualquer momento. Não há necessidade de trazê-la até aqui, sabe?”

Saí da sala de jantar após isso, sem lhe dar nenhuma chance de responder.

Atrás de mim, pude ouvir Pedro esbravejar: “Tia Suzana, você sabe que minha esposa não está bem de saúde. Você não precisa fazer isso. Venha até mim se quiser desabafar.”

Eu não ouvi o resto da conversa, pois saí da casa e entrei no carro.

Pedro me seguiu não muito tempo depois, e sorriu ao me ver sentada vagarosamente no banco do motorista. “Terminou de desabafar?”

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