Ficar ou correr? romance Capítulo 314

Marcelo ficou irritado com meu comentário.

“Tempestade em um copo d’água? Você tentou se matar! Pelo amor de Deus, até quando irá negligenciar isso?”

Sentindo-me impotente, continuei tentando mudar de assunto. “Te enviei por e-mail alguns documentos ontem. A família Leão está tramando algo?”

Ele suspirou vagamente.

“Tio Luiz investigou Hugo e Saulo como você pediu. Ele encontrou algo e foi para a Cidade de Augusta hoje.”

Assenti. “Ah, a propósito, pode parecer que Carmen não está envolvida nisso. Como o relacionamento deles é puramente profissional, tudo parecerá normal. Diga ao tio Luiz para investigar a esposa de Hugo. Ele provavelmente descobrirá algo sobre esse acordo, então.”

“Entendi. Espere por mim na empresa. Vou buscá-la num instante.”

Argh! Pensei que conseguiria distraí-lo, mas ele simplesmente não deixou o assunto passar. Marcelo é um idiota!

Respirando fundo, disse calmamente: “Não venha. Já estou saindo e vou direto para a casa.”

O elevador havia chegado, então desliguei.

Levaria poucos minutos para eu sair, então era impossível para ele me alcançar, a menos que pudesse voar.

Pensei que me livraria dessa bobagem, mas, infelizmente, a vida teve que atrapalhar meus planos. Pedro veio atrás de mim assim que cheguei ao térreo. Ele estava em um terno preto sob medida, parecendo incrivelmente bonito.

Eu inconscientemente tentei evitá-lo, mas antes que pudesse, ele me alcançou e abraçou a minha cintura.

“Quando você vai parar de fazer birra, hein?”

Apertei os lábios, mas não quis fazer uma cena, afinal, todos estavam olhando para nós.

“Não estou fazendo”, forcei um sorriso.

Quando Pedro estava me arrastando para fora da empresa, um carro esportivo derrapou e parou na nossa frente, atraindo a atenção de todos.

A porta se abriu com estilo e Marcelo saiu. Ele estava usando óculos escuros e parecia um tanto quanto agressivo.

Quando me viu nos braços de Pedro, ele apertou os olhos e disse: “Sr. Carvalho, não vê que ela não quer isso?”

Pedro lançou lhe um olhar de desdém antes de se virar para mim. “Então é por isso que não me quer por perto?”

Hã? Isso é calúnia!