Ficar ou correr? romance Capítulo 330

Rebeca a ignorou e veio em minha direção com uma expressão trovejante. “Você me bateu porque eu a magoei? Você realmente acha que Pedro se importou com você durante a gravidez? Só porque ele lhe deu aquelas vitaminas no pré-natal? Aquelas vitaminas podem causar defeitos congênitos! Você deve ser muito burra mesmo! O seu bebê parecia deformado no ultrassom. Mesmo assim, continuou a tomar as vitaminas.”

“O que você quer dizer?”, perguntei, franzindo a testa.

“O que quero dizer? Estou dizendo que o seu bebê merecia morrer. Não era desejado por ninguém. Se você não acredita em mim, verifique as sobras de vitaminas que você tem. Só porque Pedro é atencioso com você agora, não significa que ele se preocupa com você. Ele só está sendo legal porque sente remorso e está atormentado pela consciência pesada.”

Fiquei pálida como um fantasma, enquanto ela ria descaradamente. “Você mereceu. O seu filho também. Merecia morrer! Não merecia nascer neste mundo.”

Tal afronta despertou em mim emoções negativas que eu havia reprimido anteriormente. Eram sentimentos terríveis que clamavam dentro de mim, presos na garganta. Levantei a minha mão, mas ela me impediu, sorrindo com desdém “Oh? Tentando me bater de novo? Acha que sou uma idiota? Pensa que vou deixar você me bater duas vezes?”

Soltei uma risada amarga e olhei para ela severamente. “Não. Isso não é suficiente para punir alguém como você. Um tabefe meu seria considerado muito pouco!”

Caminhei em direção a ela vagarosamente e fixei os meus olhos em uma faca que estava próxima. Depois, eu me virei para ela, que continuava debochando de mim. “Achei que pudesse viver com uma pessoa problemática como você e aguentar as suas bobagens. Infelizmente, está claro que você não é apenas uma encrenqueira, mas também uma pessoa repugnante! Já que é assim, por que você não morre!”

Assim que proferi as palavras, imediatamente peguei a faca e a golpeei com movimentos rápidos, sem qualquer tipo de hesitação.

“Scarlet!”, Pedro gritou.

Nesse momento, caí em um torpor momentâneo e, quando acordei, já tinha afundado a faca no abdômen de Rebeca. E então senti um líquido quente e vermelho escorrer em minhas mãos e pingar no chão. As minhas mãos, a barriga dela e o chão ficaram manchados de um vermelho horrível.

Rebeca arregalou os olhos, abriu a boca com os lábios trêmulos, incapaz de pronunciar uma única palavra.

Pedro entrou correndo, empurrando-me para o lado, para apoiar Rebeca, que estava prestes a cair no chão.

Veja... Outra coincidência. É como se tudo tivesse sido planejado e roteirizado. O meu súbito desejo de matá-la e o resgate heroico de Pedro, que apareceu bem quando eu a esfaqueei. Tudo isso me tornou a vilã da história.