Ficar ou correr? romance Capítulo 334

Rebeca olhou de um lado para o outro apressadamente. “A tia Suzana estava lá e também viu. É uma testemunha em meu favor.”

Nervosa, ela ligou para Suzana e, nesse instante, ouviu-se um telefone tocar no corredor externo.

Suzana já estava no hospital, mas estava sentada no saguão esperando. Ela caminhou em direção a eles depois de receber a ligação de Rebeca. E, com uma carranca, entrou na enfermaria e olhou para todos.

Vendo isso, Rebeca ficou vermelha e gritou emocionada: “Tia Suzana! Diga aos policiais que Scarlet me esfaqueou. Ela ia me matar! Você viu a cena! Conte o que viu.”

A atenção de Suzana se voltou para Pedro, sem qualquer tipo de emoção em seu rosto. Depois, ela olhou de soslaio para mim, com a testa franzida. “Eu estava no quarto no momento do incidente. Não sei exatamente o que aconteceu. Quando saí, Pedro já havia carregado você até a ambulância.”

Rebeca ficou perplexa. “Tia Suzana! Você viu tudo! Por que não está contando para eles?”

Os policiais se movimentaram desconfortavelmente, expressando o seu constrangimento. Eles não tinham ideia do que estava acontecendo e nem sabiam o que fazer.

Rebeca puxou o braço de Pedro, com os olhos marejados. “Você viu! Você testemunhou com os seus próprios olhos. Diga que Scarlet estava tentando me matar! Você tem que contar a eles!”

Mas Pedro não disse nada e permaneceu com a boca fechada. Ele só ficou me encarando com olhos ameaçadores e aterrorizantes. Essa sua recusa em responder deixou um clima pesado na enfermaria, incomodando especialmente os dois policiais que nada disseram por respeito aos famosos que estavam presentes.

Após uma longa pausa, um dos policiais se virou para mim. “Senhora, venha conosco para registrarmos o seu depoimento. Precisaremos investigar mais sobre o assunto antes de determinar o melhor curso de ação.”

Balancei a cabeça.

Parada à minha frente, a Sra. Escobar correu para deter os policiais. “Vocês não podem levar Scarlet sem provas. Como podem resolver o caso, confiando apenas no testemunho dela? É assim que lidam com as coisas?”

Suspirei aliviada. A Sra. Escobar estava preocupada que eu acabasse com uma ficha criminal, que arruinasse a minha vida negativamente. Assegurei-lhe que estava tudo bem, dizendo que faria apenas um simples depoimento. “Não se preocupe! Vou ficar bem”, eu a lembrei antes de sair da enfermaria. É impossível escapar disso. Soube do meu destino no momento em que enfiei aquela faca em Rebeca.

Assim que cruzei a enfermaria, Pedro finalmente falou: “Não foi ela!”

As suas palavras me pegaram de surpresa, e fiquei olhando para ele por um tempo.

Até Rebeca ficou chocada e com os olhos arregalados com a reação dele. “Pedro! Como você pôde dizer isso? Está ciente do que está fazendo agora?”

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