Ficar ou correr? romance Capítulo 335

Ela ergueu as sobrancelhas para todos e começou a sorrir de forma vazia. “Eu sou a vítima! Fui esfaqueada sem motivo, mas vocês não se importam! Vocês me perguntaram o que eu quero. Bem, quero esfaqueá-la! Pagar na mesma moeda! Podem atender a este pedido?”

Travei a minha mandíbula e olhei para ela com frieza. “Por mim, tudo bem!”

Pedro franziu a testa e olhou furiosamente para mim. “Scarlet, cale a boca!”

Rebeca sorriu de orelha a orelha. “Você está bem com essa sua decisão? Ótimo! Venha aqui para eu me vingar de você.”

O seu olhar frio se fixou em mim enquanto ela arrancava a agulha intravenosa de seu braço. “Não há facas aqui, mas não será necessário. Vou usar esta agulha. Podemos resolver com esta agulha fincada em você.”

Destemida, eu me aproximei dela, fazendo-a sorrir de forma zombeteira.

Em segundos, ela avançou sobre mim com a agulha na direção do meu olho. Suspiros soaram por toda parte.

Pedro percebeu rapidamente o seu plano e arrancou a agulha de sua mão a tempo. Mas, infelizmente, a agulha feriu a mão dele.

Suspiros de alívio tomaram conta do local. Carmen caiu nos braços de Fábio, enterrando a cabeça em seu peito. “Você deve ir. Vamos esquecer o que aconteceu”, ela me disse.

Rebeca chiou. “Mãe! O que você está falando? Ela queria me matar! Como pode deixá-la escapar impune?”

“Cale-se! Ela não teria agredido você se não tivesse sido assediada por você no meio da noite. No fundo, você sabe perfeitamente por que ela a esfaqueou.”

Rebeca olhou incrédula para Carmen, recusando-se a acreditar que aquela mulher era a sua mãe.

Depois de proferir as suas palavras duras, Carmen fez uma pausa para se recompor e, depois, olhou para a filha novamente. “Rebeca, você está bem agora. Apenas tire alguns dias para descansar e se recuperar no hospital. Não se estresse com mais nada.”

Mas Rebeca não se deixava influenciar facilmente. Ela passou a maior parte do tempo ao lado de Pedro, que a protegia e mimava. Todos esses anos de sua vida contribuíram para o seu temperamento arrogante e teimoso. Não havia como alguém convencê-la a abandonar o seu rancor. “Mesmo que todos aqui defendam você, o seu fim será na cadeia. Não se esqueça! As suas impressões digitais estão na faca do crime! Duvido que alguém possa me impedir de abrir um processo contra você. Enquanto eu viver, processarei você por tentativa de homicídio. Vou garantir que pegue, pelo menos, alguns anos e apodreça em uma cela.”

Pedro quebrou um copo d'água que estava na mesinha de cabeceira. Com os olhos fixos em Rebeca, ele pegou um caco do chão. “Você levou sete pontos, certo?”

Rebeca o observou com cautela: “O que você está fazendo?”

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